Três candidatos ao governo de estados brasileiros desistiram das suas candidaturas após serem barrados pela “Lei da Ficha Limpa”, nomeando as suas esposas para concorrer em seu lugar. Entre os candidatos que renunciaram às candidaturas estão José Riva, candidato ao governo do Mato Grosso, Neudo Campos, candidato pelo estado de Roraima, e José Roberto Arruda, que concorria ao governo do Distrito Federal.

Nos dois primeiros casos, os candidatos indicaram as próprias esposas para concorrerem em seu lugar, enquanto Arruda indicou a companheira, Flávia Peres, para concorrer no segundo lugar de uma lista liderada pelo ex-secretário de saúde do DF Jofran Frejat.

Os candidatos foram considerados inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa, projeto de origem popular em vigor desde 2010, que determina que os candidatos que tiveram o seu mandato cassado, renunciaram para impedir a cassação, ou foram condenados por decisão de um órgão colegiado, mesmo que tenham recorrido, não podem concorrer a novas eleições por um período de oito anos.

José Roberto Arruda foi condenado, entre outros processos, por improbidade administrativa num caso que ficou conhecido como “Mensalão do DEM”, a sigla de seu antigo partido. O político chegou a ser preso preventivamente, tornando-se o primeiro governador da história do Brasil a ser encarcerado durante o exercício do mandato. Foi ainda condenado por não ter realizado licitação pública para um jogo amistoso entre as seleções de Brasil e Portugal, em 2008.

Ainda assim, Arruda era o candidato que liderava as sondagens, com 37 por cento das intenções de voto, bem à frente do seu principal adversário, Agnelo Queiroz, com 18%. Nas eleições anteriores, em 2010, o mesmo ocorreu com o candidato e ex-governador do DF Joaquim Roriz, que indicou a sua mulher, Weslian, para concorrer às eleições em seu lugar.

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