As famílias dos seis jovens que morreram na praia do Meco a 15 de dezembro do ano passado entregaram o pedido de abertura da instrução do processo no Tribunal de Almada, disseram à Lusa familiares das vítimas. “Esperamos que haja julgamento e que o João Gouveia – único sobrevivente da tragédia que ocorreu na praia do Meco, em Sesimbra -, nos esclareça todas as dúvidas em tribunal”, disse à Lusa Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das alunas da Universidade Lusófona que morreu no Meco. “Os familiares dos seis jovens estão unidos e convictos de que a investigação realizada ficou pela rama e que há muito por contar. Vieram aqui ao Tribunal de Almada familiares de todas a vítimas, com exceção dos familiares da Andreia que residem no Algarve, na esperança de que o caso seja analisado por um juiz”, acrescentou Fernanda Cristóvão.

O pedido de abertura da instrução, que foi formalmente apresentado pelo advogado Vítor Parente Ribeiro, surge na sequência da decisão do Ministério Público do Tribunal de Almada de mandar arquivar o processo, por considerar que não havia indícios de crime. Para o advogado dos familiares dos seis jovens, o despacho de arquivamento do Ministério Público “não só não veio esclarecer os factos, como veio adensar mais as dúvidas”. Em declarações à Lusa, Vítor Parente Ribeiro considerou que há elementos no processo que não são suficientemente claros e garantiu que o despacho de arquivamento inclui algumas afirmações que não constam dos depoimentos das testemunhas.

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