Depois do escândalo, as fotografias. Jennifer Lawrence regressa em grande estilo nas páginas da edição de novembro da revista Vanity Fair, a publicação escolhida para receber as primeiras declarações da estrela a propósito do crime informático do qual foi vítima, quando em agosto último imagens íntimas da atriz, tal como de outras celebridades, foram partilhadas na Internet.

Agora que a poeira está a assentar, é tempo de voltar as atenções para a produção fotográfica a cargo da lente do fotógrafo de moda Patrick Demarchelier. Na sessão, que teve lugar em Los Angeles, Lawrence é vista numa sucessão de visuais ousados: na capa da publicação surge apenas a usar um colar de prata da Chopard e os lábios “vestidos” de encarnado (a maquilhagem foi da responsabilidade de Gucci Westman).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Um vídeo que mostra os bastidores do editorial de moda foi, entretanto, divulgado com um apenas minuto de duração. Nele é possível ter um vislumbre de Lawrence a ser fotografada em diversas poses e conjuntos de roupa. O elemento em comum são os cenários tropicais que aparecem em pano de fundo nos retratos que estão a ser divulgados pela imprensa internacional.

Apesar de as imagens terem sido registadas antes de o escândalo rebentar, a 29 de julho, esta parece ser uma resposta em grande face ao que aconteceu. Isso e o que Lawrence optou por dizer à publicação em causa. Frenesim mediático e exposição global à parte, a atriz recusou-se a pedir desculpas pelas fotos de cariz íntimo. Ao invés, apelidou o sucedido de “crime sexual” e apontou o dedo a todos os que viram as fotografias: “Eu não vos disse que podiam olhar para o meu corpo nu”.

A reação da estrela de 24 anos é elogiada pelo The Guardian que usa o assunto para escrever um texto sobre feminismo: “As narrativas dominantes em torno de assuntos relacionados com sexualidade, consentimento e privacidade mudaram. Então, a raiva de Lawrance não é apenas tolerada, é aplaudida e está estampada na capa da Vanity Fair com uma manchete feminina e ousada –‘É o meu corpo e a escolha deveria ser minha'”.