Segundo a mesma fonte, o início do julgamento foi adiado porque o parlamento timorense ainda não levantou a imunidade à ministra e porque não teve ainda acesso ao processo, que está no Tribunal de Recurso depois de Emília Pires ter invocado nulidades da acusação.

Outro fator que contribui para o adiamento do julgamento foi o facto de a ministra das Finanças não estar presente.

Emília Pires integra a delegação que acompanha a visita do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, aos Emirados Árabes Unidos.

No início de agosto, o Ministério Público de Timor-Leste acusou a ministra Emília Pires de alegada gestão danosa e participação económica em negócio num caso relacionado com a aquisição de camas para o Hospital Guido Valadares.

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Em declarações à imprensa, a ministra das Finanças considerou “falsa e sem fundamento” a acusação deduzida contra si.

“No dia 25 de julho fui notificada da acusação deduzida contra mim pelo Ministério Público por dois crimes que não cometi. Rejeito veemente a acusação, que é falsa e não tem qualquer fundamento”, afirmou Emília Pires.

Emília Pires ocupa a pasta das Finanças em Timor-Leste desde 2007, tendo sido reconduzida no cargo após as eleições legislativas de 2012.

“Toda a gente sabe que nos últimos anos, especialmente nos últimos dois anos, tenho sido alvo de uma campanha para destruir o meu nome, a minha reputação e o meu trabalho e consequentemente o próprio governo”, afirmou Emília Pires.