A reunião de dois dias do G20, que integra os países mais industrializados do mundo e as principais economias emergentes, inicia-se hoje em Brisbane, Austrália, sob forte vigilância policial.
Os 4 mil delegados e os 3 mil jornalistas que são esperados para a reunião do G20 vão ser superados pelos 7.500 polícias escalados.
As medidas de segurança para a reunião deste ano incluem legislação especificamente criada pelo Estado, como multas de 5.500 dolares australianos (3.900 euros) para quem entrar em áreas proibidas com itens como pranchas de surf, ovos, copos de vidro, excrementos de animal répteis ou insetos.
O debate sobre as regras dos limites da dívida pública e do défice será o maior desafio à intenção de definir uma nova meta para o crescimento durante a reunião.
De acordo com a análise da agência financeira Bloomberg, os líderes mundiais têm expressado a sua frustração com o que dizem ser uma obsessão da União Europeia, comandada pela Alemanha, sobre os limites do défice orçamental.
O G20 foi formado em 1999 mas foi recatapultado para a ribalta mediática em 2008, em plena crise económica e financeira global, e representa 90% do PIB mundial, dois terços da população em todo o mundo e quatro quintos do comércio internacional.
Este grupo substituiu o G8 como o principal fórum internacional de coordenação económica, e junta, para além de países, instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
Os membros do G8 – Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia, Alemanha, Reino Unido, França e Itália – fazem parte do G20, que também inclui a União Europeia, México, Brasil, Argentina, África do Sul, Turquia, Índia, China, Indonésia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e a Austrália, que este ano é a anfitriã do evento.
A cimeira do G20 culmina um conjunto de encontros internacionais sobre outros temas como os negócios, o trabalho e a juventude.