O plenário da Assembleia da República voltou a ser invadido por um cheiro intenso e “tóxico”. Os deputados, que tinham acabado de entrar na sala para o debate marcado para as 15 horas, não aguentaram nem cinco minutos e começaram a sair. O problema poderá estar nas caldeiras de aquecimento, como o que aconteceu em abril, mas fonte do Parlamento diz que os serviços técnicos ainda estão a avaliar a situação.

Cerca de uma hora depois a sessão plenária foi retomada, com a presidente do Parlamento a dizer apenas que, não sendo a situação “ideal”, já estavam reunidas as “condições mínimas” para retomar os trabalhos. Não adiantou, no entanto, o motivo do mau cheiro.

Contactado pelo Observador, o gabinete do secretário-geral do Parlamento disse que os serviços de apoio ainda estavam a a avaliar a situação que estará na origem do eventual derramamento. Todas as portas do plenário foram abertas imediatamente para a sala arejar e os deputados encheram os corredores da Assembleia, num compasso de espera até o problema ser resolvido. Os trabalhos foram interrompidos imediatamente e adiados supostamente por meia hora.

O adiamento foi pedido pela presidente da Assembleia, Assunção Esteves, que disse logo não haver “condições de salubridade” para prosseguir a sessão. Na altura, já se encontravam no plenário alguns membros do Governo, como o secretário de Estado da Juventude, Emídio Guerreiro e a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares, Teresa Morais.

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Situação semelhante aconteceu em abril, durante um debate quinzenal com o primeiro-ministro, que levou Assunção Esteves a interromper a sessão temporariamente. Na altura, o problema foi atribuído a uma “rutura numa caldeira de aquecimento”.

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Do lado de fora do Parlamento era possível ver um intenso fumo preto a sair de janelas do piso superior, pelas 15h40.