O presidente da UEFA, Michel Platini, disse hoje à AFP que o príncipe jordano Ali bin Al Hussein tem “total legitimidade” para candidatar-se à presidência da FIFA. “Conheço bem o príncipe Ali. Ele tem total legitimidade para ocupar as maiores responsabilidades”, defendeu Platini, em comunicado enviado à agência francesa.

O presidente da UEFA, que tem um conhecido diferendo público com o atual presidente da FIFA, Joseph Blatter, acrescentou ainda que vai aguardar pelo programa para o futuro do futebol do atual vice-presidente da entidade.

O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, vice-presidente da FIFA desde 2011, anunciou hoje que vai candidatar-se à presidência do organismo que rege o futebol mundial. “Vou candidatar-me porque acredito que é tempo de deixar as controvérsias administrativas e regressar ao desporto”, escreveu Ali bin Al Hussein na sua conta oficial no Twitter.

O príncipe jordano explicou que tomou esta decisão depois de consultar vários colegas da FIFA, que o motivaram a avançar. “Não foi uma decisão fácil. Avancei para a candidatura depois de muitas conversas com respeitáveis colegas da FIFA nos últimos meses. Muitos disseram que é tempo de mudanças”, revelou Al Hussein.

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Sem nunca referir diretamente a polémica sobre as suspeitas de corrupção em torno da atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respetivamente, Al Hussein sempre disse que “o futebol merece executivos de classe mundial e uma organização que seja modelo em ética, transparência e governação”. “As manchetes dos jornais devem ser sobre futebol e a beleza desse desporto”, concluiu.

Com este anúncio, sobe para três o número de candidatos à presidência da FIFA nas próximas eleições, marcadas para 29 de maio. Joseph Blatter, presidente da FIFA desde 1998, já anunciou que vai concorrer a novo mandato. Jerome Champagne, antigo vice-secretário-geral do organismo, também entrou na corrida.

O prazo para a apresentação de candidaturas encerra a 29 de janeiro.