Duas dependências do Deutsche Bank, em Lisboa, foram alvo de buscas por parte do Ministério Público, da Autoridade Tributária e do juiz de instrução criminal, na passada terça-feira, no âmbito da Operação Marquês. De acordo com a SIC, que avançou com a notícia, foram alvo de buscas a dependência da Rua Castilho e a das Laranjeiras.

Ainda segundo a SIC, o Deutsche Bank seria o banco depositário do fundo de investimento imobiliário fechado que Santos Silva e alegadamente Sócrates queriam constituir para transferir para lá o património investigado no processo.

Para constituir estes fundos é preciso um mínimo de cinco milhões de euros, em património, e não é preciso dar garantia em dinheiro. Sendo um fundo fechado, Santos Silva poderia mandar transacionar o património como quisesse.

O que as autoridades pretendem apurar é que imóveis apresentaria Santos Silva para constituir o fundo e desta forma perceber se património estava apenas relacionado com Santos Silva ou se haveria património claramente pertencente a Sócrates.

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Já na semana passada duas dependências do Barclays e uma do BPI, em Lisboa, tinham sido alvo de buscas no âmbito do processo que investiga José Sócrates.

Esta quarta-feira, também o jornal i deu conta da apreensão de um milhão de euros por parte da Justiça portugues, ainda em novembro, num cofre de uma dependência do Banco Barclays, durante uma revista às contas de Carlos Santos Silva, o empresário e amigo de infância de José Sócrates que também está preso preventivamente.

O juiz de instrução já tinha dado ordens para congelar todas as contas bancárias em nome dos arguidos. Neste momento estão congelados cerca de 18 milhões de euros no âmbito da operação.