Trabalhadores de cantinas da Universidade de Lisboa que ficaram sem trabalho no final do ano manifestam-se hoje junto à Presidência do Concelho de Ministros, onde tencionam entregar um documento.

Cerca de 40 pessoas que trabalhavam nas cantinas do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), do Instituto Superior Técnico (IST) e da Faculdade de Ciências foram surpreendidos a 31 de janeiro com o fim do contrato entre a universidade e a empresa que assegurava o serviço.

Hoje, tencionam entregar um documento dirigido ao primeiro-ministro, em que pedem a intervenção do chefe do governo na salvaguarda dos postos de trabalho, de acordo com a informação divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.

Na segunda-feira, os trabalhadores da cantina do IST concentraram-se no local e anunciaram uma providência cautelar para tentar recuperar os postos de trabalho, entretanto ocupados por funcionários dos serviços sociais da Universidade de Lisboa (UL).

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O contrato de exploração do refeitório celebrado com a Solnave terminou a 31 de dezembro e, como não surgiu nenhuma empresa para a substituir, os 22 trabalhadores ficaram sem trabalho.

Na passada sexta-feira, a Solnave terá informado os funcionários de que o quadro de pessoal passava para os Serviços de Ação Social da UL, que é proprietária das cantinas e responsável pela atribuição da concessão de exploração.

No entanto, o administrador dos SAS, David Xavier, disse aos trabalhadores que não existia qualquer vínculo entre a universidade e aqueles funcionários e que as entidades privadas não podem transferir trabalhadores para empresas públicas, aconselhando-os a exigir os postos de trabalho à Solnave, que “tem “n” restaurantes pela cidade”.