O Palácio da Bolsa recebeu em 2014 um número recorde de 250 mil visitantes, mais 15% do que em 2013, o que faz deste monumento nacional “um dos mais procurados da cidade e do Norte”, anunciou hoje a Associação Comercial do Porto (ACP), proprietária do imóvel.

Sede da própria ACP, o palácio foi sobretudo visitado por turistas estrangeiros, com destaque para os oriundos de França, Espanha, Alemanha, Brasil e Itália, representando os portugueses cerca de um quarto das presenças.

No total, revela a ACP, em 2014 foram 253.784 os turistas que participaram em visitas guiadas ao Palácio da Bolsa, mais 33 mil do que no ano anterior.

O número de visitantes portugueses, que ultrapassou os 68 mil, registou um crescimento de 146% face aos 27 mil do ano anterior, ultrapassando os franceses (37 mil) e os espanhóis (30 mil) no ‘ranking’ dos países de origem dos turistas que visitaram o palácio.

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De acordo com os dados da associação, na lista de nacionalidades mais representadas entre os visitantes destacam-se ainda a Alemanha (mais de 14 mil), o Brasil (12 mil), a Itália (10 mil) e a Áustria (mais de 9 mil).

Segundo a ACP, o Palácio da Bolsa — que comemorou a 24 de dezembro o seu 180.º aniversário – acolheu em 2014 visitantes provenientes de 47 países dos cinco continentes e de origens “tão longínquas como as Filipinas, a Indonésia, a Malásia ou a Nova Zelândia”.

Estes números, nota, não contabilizam a afluência a congressos, conferências, concertos, feiras e eventos diversos.

A construção do Palácio da Bolsa foi iniciada em 1842 e decorreu ao longo de três gerações, tendo numerosos mestres e artífices estado envolvidos na edificação do monumento de estilo neoclássico, classificado como património nacional e situado no centro histórico da cidade do Porto, classificado pela Unesco como património da humanidade.

No seu interior, descreve a ACP, “para além do imponente risco arquitetónico do Pátio das Nações ou do famoso Salão Árabe, sobressaem, entre outros, o sentido simbólico e a grande originalidade estética do seu mobiliário, a minúcia dos estuques decorativos, o detalhe dos soalhos magistralmente marchetados e embutidos, os brasões e representações heráldicas, as belíssimas esculturas e uma imensa profusão de gigantescas telas de óleos e frescos dos grandes mestres portugueses”.

Na construção do palácio participaram importantes vultos da arquitetura de época, como Joaquim da Costa Lima (1840-1860), Gustavo Adolpho Gonçalves e Sousa (1860-1879), Tomás Augusto Soller (1879-1883), José de Macedo Araújo Júnior (1883-1890), Joel da Silva Pereira (1894-1899) e José Marques da Silva (1889-1910), para além de reconhecidos nomes da pintura e escultura como Luigi Manini, António Ramalho, António Carneiro, Veloso Salgado, Marques de Oliveira, Soares dos Reis, Eduardo Malta, Teixeira Lopes e Henrique Medina, entre outros.

Atualmente classificado também como centro cultural e de conferências, o Palácio da Bolsa está ainda preparado para a realização de concertos, palestras, apresentações, assembleias gerais, receções, congressos, incentivos, conferências, mostras comerciais, leilões, exposições, passagens de modelos e outros eventos de médio porte.