Há uma “restritividade ligeiramente menor” nas condições de crédito em Portugal, que está a ser acompanhada por um “aumento da ligeiro da procura” de empréstimos, tanto por parte das empresas como dos particulares. As conclusões são da sondagem aos bancos feita pelo Banco de Portugal, divulgada nesta terça-feira, que sinaliza também que estão a cair os spreads nos créditos de risco baixo ou médio. Nos empréstimos de maior risco, o custo de crédito continua a não baixar.

Os “critérios de concessão de crédito e as condições aplicadas nos empréstimos ou linhas de crédito a empresas e particulares registaram reduções ligeiras no nível de restritividade para parte das instituições, sendo que para outras o nível de restritividade permaneceu inalterado no decurso do quarto trimestre de 2014″, escreve o Banco de Portugal no Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito. Nas empresas e nos particulares continuou a verificar-se uma redução dos spreads aplicados nos empréstimos de risco médio, “que não se observa nos spreads aplicados aos empréstimos de maior risco”, diz o Banco de Portugal.

Essa foi a tendência no final do ano passado. Para este primeiro trimestre de 2015, “os critérios de concessão de crédito ao setor privado não financeiro deverão permanecer globalmente sem alterações, podendo contudo ocorrer uma ligeira redução na restritividade dos empréstimos de curto prazo concedidos às empresas”, denota o estudo, que é feito com base num inquérito realizado em dezembro aos cinco grupos bancários incluídos na amostra portuguesa.

Outra boa notícia é que no quarto trimestre houve, segundo os bancos inquiridos, um “aumento ligeiro da procura global de empréstimos, sendo especialmente notório para empréstimos de longo prazo por parte das empresas”. Para o primeiro trimestre de 2015, “os bancos antecipam um aumento ligeiro da procura de empréstimos por parte das empresas”, em especial por parte das pequenas e médias empresas (PME). Mas também nos particulares se antecipa “ligeiros aumentos da procura quer para aquisição de habitação como para consumo e outros fins”, afirma o Banco de Portugal.

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