Depois de três anos de ajustamento, o primeiro-ministro acredita que o país está bem melhor e os próximos anos serão “ainda mais prósperos”. Na verdade, disse Passos Coelho, o país tem “batido recordes atrás e recordes” e Portugal ficará um país “governável”.

Em ano de eleições, Passos Coelho fez um discurso otimista, nas jornadas social-democratas do Crescimento e Emprego. Mas logo de seguida explicou: “Não estamos a suavizar nem a dourar a pílula porque estamos a aproximarmo-nos de um período eleitoral”, garantiu.

Mas com as eleições à espreita, Passos valorizou as medidas que tem tomado. Voltou a falar do aumento do salário mínimo e da necessidade de o aumentar tendo em conta a produtividade, do turismo, da reforma do Estado e das emissões de dívida que aconteceram no dia 13 e haverá outra na próxima semana.

Perante os sucessos, Passos não teve dúvidas: “Temos batido recordes atrás de recordes” disse.

Mas se já muito foi conseguido, o “rumo é para manter”. Até porque o próximo objetivo é reduzir o défice abaixo dos 3% para conseguir tirar o país do procedimento dos défices excessivos. Uma discussão que voltou à ordem do dia com a polémica com António Costa que faz uma leitura diferente da clarificação das regras europeias feitas pela Comissão Europeia. Disse Passos que o objetivo é reduzir o défice e que “aqueles que não querem ter as dores de ter menos de 3% de défice gostariam de ter toda a flexibilidade do mundo. A coerência vale muito”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

E por isso garantiu que o Governo vai seguir o rumo. Mas se vai manter o caminho, este não será fácil até porque há muitos anos ouviu um conselho que quis recordar: “Aqui há uns anos uma pessoa de família costumava dizer-me quando era garoto: ‘Olha, meu menino, o que custa é chegar a rico. De rico a riquíssimo é um instante’. Mas nem sempre é assim”.