Os partidos da atual maioria esperam “continuidade” no último ano de mandato de Cavaco Silva como presidente da República, avaliando-o positivamente até em virtude dos “períodos de menor e maior agitação”, confiando nas suas “determinação” e “inteligência”.

“O PSD faz uma avaliação evidentemente positiva. O Presidente tem dignificado de uma forma muito significativa o lugar ao longo destes nove anos. Como outros Presidentes, tem enfrentado períodos de menor e de maior agitação”, disse à Lusa o vice-presidente social-democrata Matos Correia.

Para o também deputado “laranja”, Cavaco Silva “conheceu algumas crises com algum significado e a forma como as encarou sublinhou aquilo que é uma das suas caraterísticas principais: colocar o interesse nacional acima de quaisquer outros e, por outro lado, uma interpretação dos poderes presidenciais que, no quadro do semipresidencialismo que a Constituição consagra, parece bastante equilibrada”.

“Há que sublinhar que o registo do Presidente ao longo destes nove anos é uma garantia de que, sejam quais forem os acontecimentos que venham a ocorrer, ele os enfrentará com a mesma determinação, bom senso e inteligência do passado”, afirmou.

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O dirigente do PSD assegurou que os sociais-democratas estão “tranquilos e confiantes quanto aos resultados e à intervenção do Presidente no quadro dos seus poderes” durante este ano eleitoral.

O presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, considerou que “o mandato do Presidente, nomeadamente neste último ano, será de continuidade, muito de acordo com o que foi a sua mensagem de Ano Novo”, ou seja, tendo em conta “a necessidade de diminuir a crispação” e “haver uma aposta naquilo que é ainda essencial – o aumento das exportações e a redução do desemprego”.

“Ao mesmo tempo, procurar soluções de estabilidade. Foi muito claro na necessidade, agora que é um ano eleitoral, de haver realismo nas propostas e promessas, de não entrar em demagogia e populismos fáceis. Essa magistratura de influência do Presidente, essa vertente até pedagógica do seu discurso, marcará aquele que será o último ano de vigência do mandato”, anteviu.

Segundo o deputado centrista, Cavaco Silva “manterá o seu interesse na cooperação institucional ao nível da promoção da marca Portugal e das exportações” para, “com isso, captar investimento, combater o emprego e ser fator e garante de estabilidade”.