O departamento de português da conceituada universidade norte-americana Johns Hopkins aceita candidaturas para o prémio Russel-Wood, que celebra o trabalho do historiador da cultura lusófona, até 31 de março.

Os candidatos devem ser alunos da universidade e desenvolver um projeto de investigação relacionado com o mundo de expressão portuguesa. O prémio são cinco mil dólares e uma viagem ao Brasil.

Segundo o site da universidade, Russel Wood “era um especialista em Brasil e mundo de expressão portuguesa reconhecido internacionalmente.”

Nascido no país de Gales, Wood estudou na Universidade de Oxford e mudou-se para os Estados Unidos em 1971 para aceitar uma posição no departamento de história da Johns Hopkins, onde se manteve até a sua morte, em 2010.

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No seu livro “Um mundo em movimento : os portugueses na África, Ásia e América (1415-1808)”, que recebeu o Prémio D. João de Castro, da Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, o historiador explora a noção do império português como o primeiro império global.

“Russell-Wood interessava-se pela forma como os portugueses lidaram com a exposição a uma vastidão de mundo que não tinha sido imaginada e aos seus diferentes povos, linhas, culturas, flora e fauna”, segundo um obituário do autor.

O historiador é ainda autor de “Fidalgos e Filantropos: A Santa Casa da Misericórdia da Bahia, 1550-1755”, que recebeu o prémio Herbert Eugene Bolton, e “Escravos e libertos no Brasil colonial”.

O programa de Português da universidade Johns Hopkins é dirigido pela brasileira Flavia De Azeredo-Cerqueira, oferece três níveis de português, cursos de literatura, cultura e história.

O prémio Russel-Wood é possível graças a um donativo da viuva do historiador, Hannelore Russell-Wood.

Em 2013 e 2014 foram distinguidas as alunas Elena Michele Ostrom Crowe e Rosie Jane Peck.