Bert Stern, que faleceu em 2013, não foi o primeiro homem a fotografar Marilyn Monroe, mas foi um dos últimos. Foi em junho de 1962 que o fotógrafo e a atriz norte-americanos se encontraram e se fecharam num quarto de hotel, em Los Angeles, durante três dias. O objetivo? Registar aquelas que seriam as últimas fotografias profissionais da estrela que nasceu Norma Jeane Baker — as imagens ficaram conhecidas, muito a propósito, como “A Última Sessão”. Pouco tempo depois, Marilyn aparecia morta.

Recordada a lição de história/cultura, a notícia: um conjunto de impressões, incluindo das referidas fotografias, vai ser leiloado no próximo dia 10 de março no Estado norte-americano do Texas, na Heritage Auctions Texas. Espera-se angariar, no total, cerca de 70 mil euros.

Nas imagens de “A Última Sessão” — que fizeram uma pequena excursão a Portugal em 2011, numa exposição temporária a ocupar a Fundação D. Luís I, em Cascais — é possível encontrar uma Marilyn sedutora, à semelhança do que sempre foi, mas também real. Rugas de expressão que a idade fez por vincar, poros da pele em evidência e até a cicatriz de uma operação à vesícula fazem parte de um registo artístico invulgar permitido pela estrela de Hollywood. Há fotografias marcadas a caneta vermelha, marcas dos negativos que a própria atriz rejeitou com um xis, na altura.

Mas há também cópias de fotografias raras tiradas um mês depois de Stern, escreve o jornal britânico Telegraph. O fotografo de serviço foi, desta vez, o amigo próximo da atriz, George Barris, homem que Marilyn conheceu quando estava a trabalhar no filme de 1955, O Pecado Mora ao Lado.

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Neste caso, a loira posa sobre a areia de uma praia californiana e mostra um lado mais brincalhão — entre outras fotografias a preto e branco registadas no interior de uma casa. As fotos de Barris destinavam-se a um livro sobre a estrela de 36 anos que ficou em suspenso depois da sua trágica morte.