Um estudo científico recente apurou que as crianças cujas mães consumiram cafeína durante a gravidez têm uma maior probabilidade de serem obesas do que os filhos de mães que se abstiveram de consumir a substância conhecida por tirar o sono. As hipóteses de a criança vir a ter excesso de peso são 89% mais altas.

A conclusão tem a chancela do Kaiser Foundation Research Institute e da faculdade de medicina da Universidade de Standford, na Califórnia. Mais números importantes: quem tomar mais do que 150 miligramas de cafeína por dia (uma bica ou cimbalino tem cerca de 70) aumenta para 2,3 vezes o risco de ter um filho com excesso de peso. E quanto maior for a quantidade ingerida, mais aumenta a probabilidade.

A equipa que preparou o estudo acompanhou 600 mulheres e respectivos filhos ao longo de 15 anos.

Segundo a revista norte-americana “Newsweek”, que falou com a autora do estudo, a médica e investigadora De-Kun Li, a cafeína é facilmente transferida do sangue da mãe para o do criança através da placenta. Ainda assim, não é certo que a substância afete o desenvolvimento da criança, embora estudos com animais demonstrem que a presença de cafeína tem consequências a nível do metabolismo e do nível de açúcar no sangue, que se revelou alto nestes testes.

Mas não é só o consumo de cafeína que tem influência na probabilidade de a criança vir a ser obesa. O mesmo estudo sublinhou que factores como o índice de massa corporal da mãe, a idade, se amamentou ou não a criança ou a situação socioeconómica da família também contam.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR