Foram entregues três propostas para comprar a TAP. O empresário americano dono da empresa brasileira Azul já entregou uma proposta para a compra da TAP que “cumpre todos os critérios exigidos”, adiantou fonte oficial do grupo ao Observador. David Neeleman está associado a um “consórcio de vários parceiros”. Um dos participantes é o empresário Humberto Pedrosa, presidente da Barraqueiro, mas que entra a título pessoal, confirmou o Observador.

O Observador confirmou igualmente que o empresário dono da colombiana Avianca, Germán Efromovich, entregou uma oferta para compra de 66% da TAP e concorre sozinho.

Pais do Amaral entregou também uma oferta vinculativa quase em cima da hora limite. O empresário português avança com a sua holding pessoal, mas também conta com parceiros. O consórcio terá uma forte componente financeira, mas também experiência na aviação comercial. Informação ainda não confirmada indica que o empresário americano Frank Lorenzo, poderá estar representado, mas seria uma participação pequena.

O prazo para a apresentação de ofertas vinculativas terminou às 17 horas de sexta-feira. As propostas foram apresentadas na Parpública, empresa do Estado que é a acionista da TAP.

Em conferência de imprensa, o secretário de Estado dos Transportes confirmou o número de ofertas, mas não identifica os candidatos até as propostas serem qualificadas.

Na última tentativa de venda da transportadora, realizada no final de 2012, apareceu uma única proposta do empresário dono da Avianca. O governo recuou na alienação da TAP devido à não entrega de garantias bancárias no prazo previsto por parte de Germán Efromovich.

O governo quer fechar a privatização até final do primeiro semestre, o que exige uma escolha rápida (fala-se em 15 dias) do vencedor. A venda da TAP da maioria do capital da TAP tem a oposição do líder dos socialistas, António Costa. O executivo já admitiu que o encaixe do Estado com esta operação será secundário na avaliação das propostas que irá valorizar o plano estratégico e o investimento a realizar na companhia portuguesa.

A TAP tem capitais próprios negativos da ordem dos 500 milhões de euros e uma divida a rondar os mil milhões de euros.

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