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"Um dos novos segredos de Lisboa". Abriu o jardim da Cerca da Graça

Este artigo tem mais de 5 anos

"Hoje as pessoas percebem porque é que o Zé faz falta", disse o presidente da autarquia. Foi Zé (Sá Fernandes) que batalhou por este jardim. Alguns atrasos e polémicas depois, ele aí está.

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Michael Matias/Observador

Michael Matias/Observador

A Baixa da Lisboa e o bairro da Graça ficaram mais perto esta quarta-feira. De um sonho antigo de José Sá Fernandes, de um investimento de 874 mil euros da Câmara Municipal de Lisboa e de um acordo que permitiu à autarquia ficar com terrenos que eram do Ministério da Defesa, nasceu o Jardim da Cerca da Graça. São 1,7 hectares de espaços verdes no coração da cidade histórica que tiveram um parto difícil, mas que Sá Fernandes acredita que se vão tornar “um dos novos segredos de Lisboa”.

Na cerimónia de inauguração, que ocorreu escassas horas depois de o jardim ter aberto ao público, Sá Fernandes, vereador da Estrutura Verde da câmara, não escondeu que era um homem feliz. “Nós estamos a ouvir os miúdos a gritar. Era isto que eu queria”, disse, enquanto olhava da varanda as muitas crianças e adultos que, ao fim da tarde, já experimentavam o novo espaço. Em 1995, Sá Fernandes, então ainda sem qualquer responsabilidade autárquica, escreveu uma carta à autarquia pedindo um jardim para estes terrenos, pertencentes à cerca do Convento da Graça, que se mantiveram fechados ao público até agora.

Vinte anos depois, a obra está feita. Além da grande varanda situada logo à esquerda da entrada e da qual se tem uma vista desafogada para o Castelo, o Chiado e o Tejo, o jardim tem ainda extensas áreas relvadas, um pequeno pomar, um parque infantil e um quiosque, já bastante concorrido no fim de tarde quente que se verificou na capital. Trata-se de “um jardim público onde ele mais falta fazia”, salientou o vereador, para quem “é um luxo poder abrir uma área verde” como esta no centro da cidade. Além disso, o espaço permite encurtar a distância que separa a Baixa da Graça, caminhando através da Mouraria.

10 fotos

Apesar de o sonho ser antigo, o jardim não teve, contudo, um caminho fácil até aqui. Promessa eleitoral de José Sá Fernandes em 2005, só em 2011 o projeto começou a ganhar forma, quando câmara e Ministério da Defesa se entenderam sobre a cedência do terreno. Depois, as obras arrancaram em janeiro de 2013 com a promessa de que o jardim abriria em setembro. Pelo meio, causaram polémica alguns abates de árvores e a desocupação, com recurso a força policial, de uma horta comunitária próxima. Os trabalhos só foram retomados no verão de 2014, depois de, garante o vereador, terem sido encontradas dezenas de corpos no local e de essa descoberta ter feito o prazo derrapar uma vez mais.

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Um sonho chamado estrutura verde

José Sá Fernandes dá a mão à palmatória. Sim, “a obra atrasou-se, mas não nos esqueçamos que isto esteve 700 anos sem ser público” e, mesmo assim, ainda há um pormenor para tratar. Atualmente, há duas entradas para o jardim, uma através da Calçada do Monte e outra pela Mouraria. Os acessos para uma futura entrada pela Graça estão feitos, mas falta fazer a porta. “É um elemento essencial”, assume o vereador, que informa que está só à espera que o Ministério da Defesa dê a autorização necessária para que a obra seja feita. Esse acesso será feito naquilo que é hoje o quartel da Graça, afeto ao Exército.

“Hoje as pessoas percebem porque é que o Zé faz falta”, afirmou Fernando Medina, presidente do município, lembrando o slogan com que Sá Fernandes concorreu à câmara em 2005. E desde que Zé, Roseta, Salgado, Medina e Costa estão na autarquia, o paradigma mudou, disse. “Esta não é uma obra megalómana, não é uma obra gigantesca, não é uma obra faraónica. É a obra certa no sítio certo”.

Sá Fernandes anui e aproveita para dizer que tem a esperança de deixar acabado, “até ao fim do mandato”, um corredor verde entre Marvila e o Tejo, outro sonho antigo a que o vereador quer deixar o nome associado. Segundo ele, nos sete anos que já leva de câmara há “mais 330% de espaços verdes” do que havia e, para o ano, o objetivo é “plantar mais de sete mil árvores” por toda a cidade.

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