O falecimento de utilizadores de redes socais aumenta de ano para ano — e à medida que envelhecem, também, os titulares dos perfis. Em 2012, segundo as estimativas da consultora DAS, faleceram mais de três milhões de utilizadores registados no Facebook.

Em 2060, se o Facebook existir nessa altura, terá mais contas de utilizadores falecidos do que vivos, tendo em consideração a taxa de crescimento anual de subscrições à rede social de Mark Zuckerberg, que vai abrandando, enquanto a idade dos seus usuários progride.

Quando um utilizador falece, o Facebook disponibiliza um formulário que permite que familiares ou próximos do utilizador se apropriem da conta, tendo depois duas opções: eliminá-las ou transformá-la numa conta “comemorativas”. É também desta forma que funciona o Instagram. O Twitter permite a desativação da conta, também por via de um formulário, mas, se considerar que se trata de um perfil “com interesse público e com valor informativo”, reserva-se no direito de não o desativar. No LinkedIn e no Google+ só é possível eliminar o perfil.

Aproveitando o nicho de familiares que optam por não desativar a conta do utilizador falecido, Jordi Martínez resolveu criar a rede social Alife. O conceito pode até ser disparatado, insensato ou condenado ao insucesso, mas a verdade é que, desde que foi criado, o Alife conta já com mais de quatro mil “utilizadores” registados.

Nesta rede social, os familiares e amigos de um falecido têm a possibilidade de partilhar fotos, vídeos, textos e memórias deste. O conceito, no entanto, não é uma novidade. A rede social In Memoriam é-lhe em tudo similar, e há também uma versão judia do conceito, o Neshama.

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