Em entrevista ao Expresso, o candidato a Presidente da República Sampaio da Nóvoa negou que a sua candidatura seja de esquerda. “O meu coração bate à esquerda, mas esta não é uma candidatura de esquerda. É uma candidatura nacional e patriótica”, disse.

O ex-reitor da Universidade de Lisboa fez várias referências a possíveis acordos e entendimentos a serem feitos no futuro, caso seja eleito. Sampaio da Nóvoa negou que um governo minoritário seja sinónimo de instabilidade e disse ter melhor preparação para chegar acordos a partir de Belém uma vez que não pertence a nenhum partido: “Acho que tenho muito melhores condições do que os outros candidatos que se perfilam nestas eleições para produzir esses acordos e para unir as pessoas. A liberdade e a independência com que sempre conduzi a minha vida colocam-me numa situação melhor do que os outros”.

Comprometido “a assegurar a estabilidade governamental”, Nóvoa disse que esta terá de ter “uma ideia de futuro, um projeto para Portugal a que chamo o contrato de futuro pela República”.

Quanto ao apoio do Partido Socialista, referiu que este seria “importante” mas não essencial. E criticou aqueles cujos nomes são regularmente apontados para Belém mas que ainda não assumiram as suas candidaturas. Fala de Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio, Santana Lopes e… da socialista Maria de Belém — à volta da qual surgiu uma petição a favor da sua candidatura a PR na semana passada. “Maria de Belém lança uma candidatura a meio de um processo de legislativas, o que cria uma enorme perturbação. O país não compreende. Tudo isto foi o contrário do que eu fiz. Lancei a minha candidatura com tempo e com clareza, não me deixando condicionar pela lógica dos partidos ou das legislativas.”

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