A tenista, nascida há 22 anos em Caracas, na Venezuela, mas que, a treinar desde tenra idade em Barcelona, optou pela nacionalidade espanhola, venceu no último domingo o Open da China, em Beijing, um dos mais importantes torneios do WTA (e aquele onde o prémio de vitória é maior; acima dos 6 milhões de dólares).

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, tratou logo de felicitá-la. “Quero transmitir-te, em nome do Governo, e afectuosamente, os parabéns pelo brilhante triunfo em Beijing. A tua força, técnica espectacular e inteligência de jogo fizeram de ti merecedora do quatro lugar que ocupas no ranking mundial”, escreveu Rajoy, num tom pessoal.

Também Rafael Nadal, o mais reconhecido dos tenistas no país vizinho, mas que em Beijing, na final masculina, foi derrota por Novak Djokovic, se disse “contente por ela e contente pelo ténis feminino de Espanha, que há muitos anos não via uma tenista assim.” Vista como a sucessora natural de Arantxa Sánchez Vicario, a catalã que em três ocasiões venceu em Roland Garros, Garbiñe Muguruza é hoje, e depois da vitória sobre a suíça Timea Bacsinszky em dois sets (7–5; 6–4), a número quatro do ranking WTA, a apenas um ponto de Maria Sharapova, terceira, e atrás de Simona Halep e Serena Williams, a melhor entre as melhores.

Garbiñe sempre foi tida como uma tenista de valor, promissora, mas no mais recente torneio de Wimbledon, onde foi finalista e vendeu cara a derrota a Serena, mostrou-se ao mundo, passou de promessa a certeza, e entrou para o top ten. Foi, aliás, a mais nova tenista de sempre a consegui-lo.

Quem logo tratou de se “aproveitar” da popularidade alcançada em Wimbledon foram as marcas. E não só as desportivas. No Twitter, antes do torneio inglês, Garbiñe Muguruza tinha cerca de 50 mil seguidores. No final, eram mais de cem mil. Com o fenómeno em volta de Garbiñe a adensar-se, a Adidas, que equipa várias tenistas do WTA, como Caroline Wozniacki, Maria Kirilenko, Andrea Petkovic ou Flavia Penetta, resolveu adicioná-la à short list de mulheres do ténis vestem a linha de roupa desenhada pela estilista Stella McCartney.

Também a marca de raquetes de ténis Babolat, a mesma que Nadal usa, por exemplo, está a desenvolver uma raquete em especial para ela. E desde que Garbiñe optou pela nacionalidade espanhola em detrimento da venezuelana, o banco BBVA passou a contar o rosto dela para se publicitar. Garbiñe Muguruza é o novo fenómeno do ténis. Dentro e fora dos court.

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