A jornalista e ativista Jacky Sutton foi encontrada morta esta segunda-feira no aeroporto de Istambul, na Turquia.

As circunstâncias da morte da mulher de 50 anos ainda não foram clarificadas, mas os media locais dizem que Jacky se suicidou depois de ter perdido o avião para Irbil, no Iraque. Alguns deles escrevem que Jacky Sutton terá sido vista a chorar quando se terá apercebido que não tinha dinheiro suficiente para comprar o bilhete para a viagem.

Esta versão foi contestada pelos familiares e amigos da antiga jornalista da BBC, que pedem agora uma investigação à morte de Jacky Sutton, como conta o Politico. O Twitter foi uma das plataformas onde o assunto foi mais discutido, através da tag #JusticeforJacky.

Jacky Sutton era a líder do Institute for War and Piece Reporting (IWPR), cuja principal função é auxiliar o jornalismo local nos países afetados por conflitos políticos e guerras. A ativista ocupava este cargo desde junho, depois de o antigo presidente – Ammar Al Shahbander – ter sido morto num ataque terrorista em Bagdade em maio deste ano.

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“Ela era brilhante, altamente competente e muito capaz de se aguentar em situações de dificuldade. Era universalmente amada, estamos em choque total”, declarou Anthony Borden, diretor executivo do IWPR. Ultimamente, Jacky Sutton estava empenhada em combater as políticas anti-feministas no mundo árabe. Muitos amigos terão avisado a jornalista dos perigos que enfrentava desde junho, “mas ela era uma mulher feroz, uma defensora dos direitos humanos que lutou pela democracia”, descreve um desses amigos ao The Guardian.

Enquanto trabalhava pela BBC, Jacky Sutton também reportava sobre a situação política e social em África e no Médio Oriente. A par das suas responsabilidades enquanto jornalistas, que desenrolava ora em Londres ora no terreno, Jacky trabalhou com as Nações Unidas em país como, Irão, Afeganistão e na faixa de Gaza.