O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que tem António Guterres na liderança até ao final do ano, lançou um desafio na Internet: e se cada um de nós se tornasse um herói da humanidade só por clicar num botão? Tão simples quanto isso. Não tem sequer de se levantar do sofá para vestir a capa: basta arrastar o cursor até ao centro do seu monitor.

Como? Basta aceder a este site e fica tudo resolvido. O mundo agradece, você sente-se o Super-Homem e depois pode continuar a explorar o Facebook dos seus amigos. Fica aqui o desafio: entre na página. Salve o mundo e a seguir regresse a este artigo. Ou então nós explicamos-lhe tudo mais lá em baixo.

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Esta é a página que o desafia a salvar o mundo.

Pronto, apanhou-nos. Talvez não seja assim tão fácil salvar o mundo. Pedimos desculpa por este artigo ter começado com uma omissão, mas foi uma mentira piedosa (e necessária). Mas aqui nos redimimos: eis o que realmente aconteceu.

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A Organização das Nações Unidas quis colocar os internautas a ajudar a organização a enfrentar a crise de refugiados este inverno. Considerando-a “a maior emergência humanitária da nossa era”, com 800 mil pessoas a recomeçar a vida na Europa e outras 15 milhões à espera de conseguir fazer o mesmo, todas elas fugidas da guerra que está instalada no Médio Oriente, a ONU decidiu inovar nas formas de ajuda.

Circunstâncias extremas exigiram medidas extremas, por isso a ONU decidiu por os utilizadores das redes sociais a conversar com um computador (que, diga-se de passagem, tem muito sentido de humor). Depois de algumas mensagens espirituosas, o site pergunta-lhe qual é a sua bebida favorita e quanto estaria disposto a pagar por ela. A seguir, o veredicto: conseguia doar esse valor à organização?

As mensagens não terminam aqui. Quer decida fazer essa doação ou prefira não o fazer, o computador continua a fazê-lo rir. E nem sequer o recrimina pelo facto de ter ignorado o campo de doação: “Continuas a ser um dos bons”, é a mensagem final de quem nada dá. Mas experimentar dar e veja no que se torna.