Melioidosis. O nome pode ser difícil de decorar, mas o mesmo não se poderá dizer das suas consequências: trata-se de uma doença fatal e altamente contagiosa, “escondida” no ar, água e solo indianos, escreve a Quartz. O site noticioso cita um muito recente relatório da autoria de investigadores da Universidade de Oxford, divulgado pela publicação científica Nature Microbiology.

Caso não seja tratada a tempo, a doença em causa pode provocar a morte apenas dois dias depois de ser contraída. No entanto, o seu diagnóstico é particularmente difícil, o que faz com que passe despercebida. Em novembro de 2015, David Dance, um dos investigadores, dizia que 44% da totalidade dos casos no mundo — contam-se 165 mil novos casos todos os anos — eram provenientes de países do sul do continente asiático. A Índia, em particular, estava (e está) no topo da lista de países com maior registo de mortes por melioidosis.

No mesmo relatório lê-se que, dos 165 mil casos estimados, 89 mil deles resultam em morte. “As nossas estimativas sugerem que a melioidosis está severamente sub-relatada nos 45 países onde se sabe ser endémica e que é provavelmente endémica noutros 34 países que nunca reportaram a doença”.

O Quartz acrescenta que a bactéria que causa melioidosis, a Burkholderia pseudomallei, está presente na água e no solo, além de ser facilmente encontrada no sudeste asiático e no norte da Austrália. Entre os sintomas associados à doença estão convulsões, febre e desconforto respiratório. Ainda não existe uma vacina. A construção desenfreada que se verifica na Índia tem permitido que a doença se espalhe mais facilmente. É que além da água, a bactéria pode ser transportada através do pó, algo comum em locais de construção.

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