O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) prefere não entrar na discussão sobre quais são afinal as poupanças obtidas na renegociação das parcerias público privado (PPP) do setor rodoviário.

O processo, desencadeado pelo anterior governo, foi conduzido por António Ramalho. Mas os números anunciados sobre as poupanças alcançadas, são contestados pelo novo ministro do Planeamento e Infraestruturas que tem a tutela da empresa. Por várias vezes, Pedro Marques, qualificou de propaganda os valores divulgados pelo anterior executivo e pelo próprio presidente da IP IP. E chegou mesmo a dizer que as poupanças efetivas para o Estado seriam um quarto dos valores anunciados até ao fim dos contratos.

Em dia de apresentação de resultados, que foram positivos em 2015, António Ramalho afirmou que “não se ganha nada em entrar em considerações sobre os benefícios futuros. Devemo-nos antes concentrar nos benefícios passados”.

Sobre as diferença nos valores, consoante o governo, o gestor da IP deixou a nota: “Os números são óbvios”. Basta comparar os gastos previstos para estes três anos (pela auditoria da Ernst & Young), período em que produziram efeitos as primeiras renegociações das PPP, e os encargos efetivamente assumidos. O gestor assegurou que as poupanças previstas concretizaram-se, com uma diferença muito pequena, da ordem de um milhão de euros.

Questionado ainda sobre o agravamento do impacto da Infraestruturas de Portugal nas contas do défice deste ano, apesar dos lucros, António Ramalho realçou que sempre esteve previsto que o perfil de pagamentos das parcerias público privadas atingisse a incidência mais dura em 2016.

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