Três doentes oncológicos do hospital do Barreiro ficaram sem poder fazer quimioterapia porque o hospital deixou ultrapassar o chamado tempo útil, a partir do qual o tratamento deixa de ter eficácia, noticia a SIC. A quimioterapia teria, nestes casos, um papel importante para evitar o aparecimento de novas células cancerígenas. O Ministério da Saúde diz não ter conhecimento do caso mas afirma que já está a averiguar a situação.

Segundo avança a SIC, os três pacientes foram operados a tumores malignos e a equipa médica prescreveu a quimioterapia como tratamento posterior, e complementar, à cirurgia. Mas o tratamento não chegou a ser administrado, com o hospital a deixar passar o prazo clinicamente previsto.

Àquela estação televisiva a diretora clínica do Centro Hospitalar do Barreiro e Montijo, Elisabete Gonçalves, nega ter tido conhecimento dos casos antes da denúncia pública, garantindo que “tudo será feito internamente” para que o hospital possa “detetar possíveis erros ou maneiras de evitar que situações destas se repitam”. Mensagem semelhante deixou João Silveira Ribeiro, do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Barreiro e Montijo, que admitiu não ser “agradável” que situações destas ocorram num hospital “com provas dadas” no ramo oncológico, e garantiu que iria ser pedida uma “auditoria externa” para avaliar os contornos da situação.

Em declarações à SIC, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, mostrou-se “surpreendido” mas avançou que as “averiguações” já estavam “em curso” ao nível do Ministério.

Os três pacientes têm 55, 65 e 73 anos respetivamente.

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