A decisão foi tomada cerca das 23h00 em reunião realizada no Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, “na sequência da vaga de incêndios florestais, verificados nos dias últimos dias com o agravar da situação na segunda-feira”.

No final do encontro, em declarações à agência Lusa, o presidente da CPPC, José Maria Costa, justificou a decisão com “a dificuldade de meios e a extensão e gravidade da situação” registada no Alto Minho, adiantando que com a ativação daquele plano “podem ser reforçados os meios que possam salvaguardar as pessoas e bens”.

“Estamos a viver uma situação muito crítica”, sustentou, acrescentando que a região está a enfrentar “uma situação excecional”. “Já houve contactos com a Secretaria de Estado da Administração Interna. Já temos duas equipas de reforço a caminho. Estão ser preparados meios aéreos para o início da manhã de terça-feira, avançou.

A ativação deste plano significa que será possível pedir um apoio extraordinário ao Governo, algo que já aconteceu na região. Em agosto de 2005 foi acionado na sequência de um grande número de incêndios florestais em simultâneo, pelo seu tempo de duração, pela área ardida e pelo risco causado às populações, em especial nos concelhos de Viana do Castelo, Valença, Paredes de Coura e Ponte de Lima. Na altura, foi evacuado o hotel de Santa Luzia, na capital do Alto Minho.

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O comandante distrital do CDOS de Viana do Castelo, Armando Silva, explicou que “o distrito conta com muitas ocorrências ativas, várias de grande dimensão e que já se arrastam há alguns dias” e que “estão a caminho dois grupos de reforço e equipas dos postos de comando Coimbra e de Bragança”, entre outros.

“O que mais nos preocupa são os incêndios de Covas (Vila Nova de Cerveira) e Cabração (Ponte de Lima) que lavram num interface florestal periurbano que nos está a obrigar a defesa de muitas habitações em diversas aldeias. O incêndio de Cabração já entrou no concelho de Viana do Castelo, em Vilar de Murteda e Meixedo””, afirmou aquele responsável. O comandante do CDOS salientou ainda o caso da freguesia de Cabana Maior, em Arcos de Valdevez, adiantando que o fogo “está a obrigar a um combate muito duro em ambiente de serra”.

“Já houve necessidade de evacuar alguns locais e retirar pessoas das habitações”, disse Armando Silva, referindo que “não há feridos a registar entre a população” e que apesar de “alguns” operacionais intoxicados com fumos “não há nada de grave a lamentar”. Segundo Armando Silva “estão no teatro de operações, alguns de grandes dimensões mais de 570 operacionais”.

Na noite de segunda-feira, o concelho de Arcos de Valdevez foi o primeiro do distrito de Viana do Castelo a acionar o plano municipal de emergência. Na altura, em declarações à Lusa o vereador da proteção civil municipal de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves revelou que a decisão tinha sido tomada face à situação “dramática” que se vive no concelho , palco de vários incêndios.