De Sant’Agata Bolognese em directo para Carmel, na Califórnia, o Lamborghini Centenario descobriu-se e, de um coupé agressivo, transformou-se num Roadster deslumbrante. Mas igualmente rápido, pois os 770 cv estão lá todos. E agora mais próximos de quem conduz.

Lindo, é um adjectivo algo curto para classificar este superdesportivo. A versão com carroçaria fechada já era um carro impressionante, com linhas angulosas mas repletas de personalidade, capazes de revelar, à primeira vista, o que verdadeiramente é capaz de fazer em termos de acelerações, velocidade máxima e emoções em condução desportiva.

Mas agora surge o Roadster, de que apenas vão ser produzidas 20 unidades – as mesmas que também foram construídas do coupé – e que recupera todas as características da versão fechada, juntando-lhe uma pitada extra de tempero ao retirar-lhe o tejadilho. Sem ele, a marca italiana assegura que quem vai ao volante fica com um penteado novo quando atingir os 350 km/h, a velocidade máxima deste Lamborghini.

O chassi continua a ser em fibra de carbono, ou seja, é rígido e leve, e o pára-brisas foi redimensionado para que a turbulência interior fosse minimizada quando se circula em modo aberto. Nestas condições, não é apenas o vento que se ouve melhor, uma vez que também o V12, colocado ao centro, entre os dois ocupantes e o eixo posterior, passa a gritar bem mais próximo dos nossos ouvidos.

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Nem todas as partes da carroçaria existem apenas para tornar o modelo mais giro. O lábio inferior, à frente, serve para que o trem dianteiro não tenha tendência para levantar a alta velocidade, enquanto que a asa posterior pode subir 150 mm e rodar até 15º, tudo para colar de forma mais eficaz a traseira à estrada. Assim, garante o construtor italiano, o Centenario Roadster curva como se estivesse sobre carris.

Com apenas 1.570 kg, valor reduzido se considerarmos que recorre a um sistema de tracção integral, o novo descapotável necessita de apenas 23,5 segundos para atingir 300 km/h. Os 100 km/h? Bem, esses ficam para trás logo após 2,9 segundos.

Mas este superdesportivo recorre a outros argumentos para ser surpreendentemente eficaz em curva, a começar por ter quatro rodas direccionais, complementando o ramalhete com três modos de condução, nomeadamente Strada, Sport e Corsa, que podem civilizar, ou não, a suspensão, o motor e a caixa de velocidades.

O preço? 2 milhões de euros, antes de impostos, um valor ainda assim interessante para um veículo de que apenas vão existir 20 iguais a circular. São 20 peças de arte e já todas têm dono.