O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou na terça-feira que, quando deixar a Casa Branca, a 20 de janeiro, dedicará grande parte do tempo a iniciativas educativas com crianças, como “My Brother’s Keeper” ou “Let Girls Learn”.

Obama participou num fórum estudantil organizado pelo canal televisivo ESPN na Universidade Agrícola e Técnica do estado da Carolina do Norte. Um dos estudantes que participou no fórum perguntou a Obama sobre o que pensava fazer quando deixasse a presidência.

“Vou dormir durante duas semanas”, brincou o Presidente, acrescentando que após acordar desse longo sono vai tirar “umas férias muito bonitas” com a mulher. Depois, explicou, deseja dedicar grande parte do seu tempo a programas educativos como “My Brother’s Keeper”, que criou em 2014, e “Let Girls Learn”, promovido pela primeira-dama.

“Let Girls Learn” é um programa para promoção do acesso à educação para 62 milhões de meninas que atualmente não frequentam a escola em todo o mundo.

Michelle Obama lançou em março a segunda fase do programa, que consiste em “instar as pessoas a não se preocuparem apenas com o problema, mas a fazerem alguma coisa em relação a ele”.

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Através de uma página na Internet, Michelle Obama convidou “professores, estudantes, pais e mães” a organizarem eventos que sirvam para consciencializar a comunidade e, ao mesmo tempo, angariar fundos para a iniciativa.

Com “My Brother’s Keeper”, o Presidente norte-americano pretende combater o fracasso escolar entre os meninos hispânicos e afro-americanos, bem como dar-lhes mais oportunidades.

O programa, para o qual Obama recrutou a ex-estrela de NBA Earvin “Magic” Johnson, pretende que jovens se envolvam como mentores ou tutores de crianças pertencentes a minorias, além de promover a colaboração público-privada nessa tarefa.

Cerca de 250 comunidades de todo o país inscreveram-se no “My Brother’s Keeper”. Na terça-feira, Obama encorajou os jovens universitários participantes no fórum a envolverem-se como mentores de meninos em risco.

“[É] a possibilidade de serem mentores de um menino de oito ou dez anos que vive aqui. Talvez não tenha pai, não tenha muito. Estão a prestar-lhe atenção (…), levam-no a ver um jogo, perguntam-lhe como se está a sair na escola. Isso é revolucionário”, afirmou o Presidente.