O Governo russo acusa a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos (EUA) que combate os ‘jihadistas’ no Iraque de cometer “crimes de guerra”, um dia depois de um raide aéreo ter matado 15 mulheres durante uma procissão fúnebre.

“Temos observado várias vezes que estes ataques mortais, que têm todas as características de crimes de guerra, tornaram-se praticamente uma rotina diária para os aviões da coligação internacional”, afirmou em comunicado o porta-voz do ministro da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.

O porta-voz adiantou que “segundo testemunhos presenciais, uma procissão fúnebre foi confundida com um grupo de guerrilheiros. Morreram dezenas de civis iraquianos, incluindo mulheres e filhos”.

Igor Konashenkov especificou que o ataque teve lugar na sexta-feira, na pequena aldeia iraquiana de Dakik — situada 30 quilómetros a sul de Kirkuk, onde não há presença de combatentes do grupo extremista Estado Islâmico.

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Konashenkov criticou que “os bombardeamentos da coligação atinjam com demasiada assiduidade casamentos, procissões fúnebres, hospitais e abrigos humanitários”.

Paralelamente, Moscovo assegurou hoje que, mesmo que a operação militar contra o Estado Islâmico em curso em Mossul (norte do Iraque) esteja relacionada com a campanha eleitoral nos EUA, a Rússia a saudará caso conduza à derrota dos ‘jihadistas’.

O Kremlin insistiu ainda que considera “inegociável” a integridade territorial do Iraque.