O Governo britânico está a planear colocar uma parte das ações do Lloyds Banking Group que ainda estão na sua posse junto de investidores institucionais, de acordo com informação revelada pelo Financial Times. O jornal adianta que a alienação da posição será feita durante o primeiro trimestre de 2017, referiram fontes que acompanham a operação, e que a alienação de títulos da instituição financeira liderada por António Horta Osório vai prosseguir até que não restem ações na carteira do Estado.

A 13 de dezembro, o Tesouro britânico anunciou ter baixado a participação no capital do banco para um nível inferior a 7%, depois de ter decidido vender ações do Lloyds no mercado de capitais. A posição pública no capital do Lloyds resultou da intervenção do Estado no banco, concretizada em 2009. O resgate da instituição financeira forçou a um investimento superior a 24 mil milhões de euros, dos quais já foram recuperados 21 mil milhões através da venda de ações e da liquidação de dividendos.

Após a intervenção do Tesouro britânico, o Estado ficou na posse de mais de 43% do respetivo capital, mas esta posição tem vindo a ser progressivamente reduzida. Em outubro passado, o Governo anunciou a retoma da alienação de títulos, iniciada em setembro de 2013, numa altura em que ainda era detentor de cerca de 9%.

Uma das fontes ouvidas pelo Financial Times afirmou que a venda a investidores institucionais para finalizar todo o processo “está numa lista de opções”, mas adiantou que “ainda é muito cedo para decidir”, já que a solução vai depender das condições do mercado. Uma operação dirigida a investidores institucionais poderá significar uma venda com um desconto sobre a cotação dos títulos, pelo que a venda no mercado, como tem vindo a suceder nos meses mais recentes, poderá revelar-se mais rentável para o Tesouro.

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