O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou, esta quinta-feira, a condenação a quase 14 anos de prisão do líder da oposição política do país Leopoldo López, informou o seu advogado de defesa Juan Carlos Gutiérrez. “O recurso foi considerado inadmissível, temos a possibilidade de tentar uma ação internacional”, explicou o advogado de defesa, sublinhando que o caso de Leopoldo López está encerrado na Venezuela.

Leopoldo López foi condenado, a 10 de setembro de 2015, a 13 anos e nove meses de prisão por um tribunal de Caracas. A condenação é a máxima para os crimes de que estava acusado, nomeadamente instigação pública, associação criminosa, danos à propriedade e incêndio em relação às violentas manifestações de fevereiro de 2014, que provocaram vários mortos.

O partido fundado por Leopoldo López, Vontade Popular, convocou para sábado uma manifestação para assinalar o terceiro ano da sua prisão. O ex-presidente do Governo espanhol Felipe González acusou o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de cometer “um crime de prevaricação” ao ratificar a condenação.

Felipe González, que participou esta quinta-feira com o também antigo Presidente do Governo espanhol José María Aznar num ato em Madrid para pedir a libertação do político venezuelano, considerou a decisão “nula de pleno direito, arbitrária e completamente injusta”.

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O Tribunal sabe que comete um crime de prevaricação, o mais grave que pode atribuir-se aos juízes. São conscientes de estar a condenar um inocente só por ser um líder da oposição à tirania de Maduro”, disse.

Ainda esta quinta-feira Donald Trump recebeu na Casa Branca a mulher de López e pediu a libertação do dirigente da oposição política venezuelana. “A Venezuela deverá permitir que Leopoldo López, um prisioneiro político e marido de Lilian Tintori, saia da prisão imediatamente”, lê-se no seu Twitter. A mulher, Lilian Tintori agradeceu o apoio da administração Trump “para restaurar a democracia” na Venezuela.