Centenas de civis fugiram esta terça-feira do sul de Mossul no meio de combates entre as forças iraquianas e os ‘jihadistas’ do grupo radical Estado Islâmico (EI), constatou um jornalista da agência de notícias francesa AFP.

“Saímos às cinco horas da manhã. Corremos porque estávamos com medo dos tiros” do EI, disse Baidaa, uma jovem de 18 anos carregando sua filha nos braços.

Os extremistas muçulmanos “não querem que partamos”, disse a mulher, muito cansada, depois de horas de caminhada. Os seus dois filhos “não entendem o que se passa” e ficaram “cheios de medo”.

As forças iraquianas distribuíram água e alimentos às crianças e mulheres, colocando-os longe do intenso sol.

Pelo menos 16h00 pessoas teriam fugido de Mossul, a segunda cidade do Iraque, desde que as forças iraquianas lançaram, em 19 de fevereiro, uma ofensiva para recuperar os bairros ocidentais da cidade, ainda controlados pelo Estado Islâmico, segundo as autoridades iraquiana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As forças iraquianas, com a ajuda da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram em 17 de outubro uma vasta operação para recuperar ao EI o seu último bastião no norte do Iraque.

Em 24 de janeiro, as forças iraquianas recuperaram os bairros orientais de Mossul, cidade dividida pelo rio Tigre.

As organizações não-governamentais e a ONU estão preocupadas com os 750 mil civis deslocados do oeste de Mossul, aos quais falta tudo.