O juiz que lidera o caso Lava Jato aceitou mais uma acusação contra o ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, que é novamente candidato presidencial, por corrupção e branqueamento de capitais, agora relativa a uma propriedade em São Paulo. Lula da Silva defendeu que a decisão é parte de uma farsa judicial para impedir a sua candidatura presidencial em 2018.

Trata-se de uma nova etapa da farsa judicial movida pela Lava Jato (nome pelo qual é conhecida a investigação ao escândalo de corrupção na petrolífera Petrobras) contra o ex-Presidente”, de acordo com uma nota da assessoria de imprensa do antigo chefe de Estado brasileiro, publicada na sua página oficial na rede social Facebook, citada pela Efe.

Os advogados de Lula da Silva, num comunicado também divulgado na página oficial do antigo Presidente no Facebook, defendem que a decisão de Sérgio Moro é “um atentado contra o Estado de Direito”.

De acordo com a acusação, Lula da Silva terá recebido benefícios de 1,02 milhões de reais (cerca 277 mil euros) das construtoras Odebrecht e OAS, através de obras realizadas no sítio de Atibaia que o próprio e a sua família frequentavam, avança o jornal Folha de São Paulo.

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Só em materiais, a Odebrecht terá gasto 500 mil reais (cerca de 136 mil euros).

Estas obras seriam, segundo a acusação, uma forma de pagar luvas ao ex-presidente do Brasil por contratos que as empreiteiras terão conseguido na Petrobras com a ajuda de Lula da Silva.

A propriedade estará em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, mas a acusação argumenta que o ex-presidente é o dono de facto do sítio.

Esta é a terceira vez que o ex-Presidente brasileiro é constituído arguido em processos baseados em investigações dos esquemas de corrupção na Petrobras e em outros órgãos públicos do país.