Uma bomba explodiu este sábado num mercado na cidade paquistanesa de Quetta, matando 15 pessoas. É o mais recente de uma série de ataques na província Baluchistan, no sul do país. O Estado Islâmico (Daesh), que tem alguns grupos dispersos no Paquistão que lhe juraram lealdade, acabou por reivindicar o ataque suicida. Um homem que circulava numa moto terá sido o causador da explosão e morreu, também, no ataque, disseram fontes oficiais paquistanesas à agência de notícias Reuters.

“De acordo com a informação que recebemos até agora, há 15 pessoas mortas e 40 feridas”, disse o governador da província, Sarfraz Bugti. O estado de emergência foi decretado e os hospitais estão em alerta máximo, confirmou ainda o responsável. O chefe da brigada de desativação de bombas da cidade de Quetta disse que o alvo teria sido um veículo militar que, no momento do ataque, se situava próximo do mercado — uma informação confirmada pelo gabinete de imprensa do governo que disse haver, entre os mortos, pelo menos sete civis.

Esta sucessão de ataques no Paquistão — só nos primeiros 12 dias de agosto registaram-se 72 incidentes relacionados com terrorismo que mataram mais de 250 pessoas — pode estar relacionada com a aproximação das celebrações do Dia da Independência do país que, a 15 de agosto de 1947, deixou de integrar o império britânico.

A província de Baluchistan tem uma forte presença de membros separatistas que há várias décadas pressionam o governo central para receberem mais dividendos da venda do gás que é produzido na região. Entre estes, ainda existem talibãs e militantes do Daesh. Em 2016, apenas nesta província morreram 180 pessoas às mãos de vários grupos extremistas.

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