O governo venezuelano de Nicolás Maduro cortou o sinal à cadeia televisiva colombiana Caracol, que deixa assim de poder dar conta dos protestos que há vários meses ocupam as ruas das principais cidades da Venezuela.

Na rede social Twitter, vários venezuelanos queixaram-se do fim da transmissão e classificaram a rede colombiana como uma das poucas que transmitiam notícias dando conta dos argumentos da oposição. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, por outro lado, disse que a rede televisiva fazia parte de uma conspiração de poderes de direita que estavam apostados em destruir a república socialista da Venezuela.

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No início do ano, o regulador da comunicação social da Venezuela, Conatel, suspendeu a transmissão dos serviços em espanhol da CNN, acusando a cadeia norte-americana de distorcer a verdade nas suas peças jornalísticas. Em 2014, o governo retirou do ar a televisão colombiana NTN24 e também já tinha bloqueado a página de notícias argentina Infobae.

Várias instituições internacionais, como a Freedom House, já se revelaram preocupadas com a decrescente liberdade de imprensa na Venezuela, focando principalmente, como o principal problema recente, as dificuldades que os correspondentes de jornais e televisões estrangeiras têm para conseguirem entrar no país.

O governo não respondeu aos pedidos de comentário da agência de notícias Reuters, que avançou a notícia.