A Internet veio mudar a forma como nos relacionamos, como gerimos a nossa vida e como temos acesso à informação, mas veio também alterar o modo como adquirimos automóveis.

A necessidade de reduzir custos, tradicionalmente absorvidos pelos concessionários oficiais das marcas, fez com que a exclusividade terminasse, e outro tipo de lojas, onde passam milhões de clientes por dia, pudessem também vender carros, junto aos computadores, frigoríficos, PlayStation, telefones, viagens, carne, peixe e uma série de outros produtos, substancialmente mais pequenos e baratos.

Mais uma vez, a pioneira nesta transformação da forma de comercializar bens sobre rodas foi a Tesla, que prescindiu logo à partida da tradicional rede de concessionários, substituindo-a por uma rede de standes de venda e oficina própria (completada por pop-up stores), obviamente mais reduzida e, logo, mais longe de alguns clientes. A moda pegou e, agora, todos os fabricantes da “velha escola” querem ir por aqui, apostando nos concessionários (sobretudo, para assistir e manter os modelos da marca), mas permitindo também que os clientes passem a adquirir os seus veículos noutro tipo de lojas, mais próximas ou que frequentam mais assiduamente.

Sites como os gigantes Amazon e Facebook agarraram desde logo a oportunidade de poder vender automóveis e abrir mais uma oportunidade de negócio, enquanto a Media Markt, o El Corte Inglés e a Fnac – e, a breve trecho, outros – estão já a vender alguns tipos de veículos através da sua rede.

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