Oriol Junqueras, antigo vice-presidente catalão e atual líder da Esquerda Republicana (ERC), permanecerá detido. Foi essa a decisão do Supremo Tribunal espanhol, esta sexta-feira. Em causa, alegou o Tribunal, está o risco de reincidência nos crimes de rebelião, sedição e má gestão de fundos.

O Ministério Público espanhol tinha pedido que Junqueras continuasse detido por esse mesmo risco, sublinhando a “ausência de compromisso” de Junqueras com a “legalidade constitucional”. Já Junqueras, de acordo com o El País, argumentou perante os juízes Miguel Colmenero, Francisco Monterde e Alberto Jorge Barreiro que as suas convicções religiosas e o seu compromisso com “o civismo, a concórdia e a paz” são incompatíveis com quaisquer “atos violentos” em que pudesse participar — mas os seus argumentos não convenceram o tribunal, que decidiram mantê-lo atrás das grades a aguarda julgamento.

Junqueras foi cabeça-de-lista pela ERC nas eleições catalãs de 21 de dezembro. O seu partido, contudo, foi apenas o terceiro mais votado, ficando atrás do Ciudadanos e do Juntos Pela Catalunha de Carles Puigdemont, ao contrário do que previa a maioria das sondagens. Recorde-se que Puigdemont também continua sob a mira da Justiça espanhola, mas está atualmente em Bruxelas, o que levanta dúvidas sobre a formação do novo Governo catalão.

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