Praticamente todos os construtores de automóveis, e até mesmo uma grande parte dos operadores de serviços de mobilidade, como a Uber ou a Lyft, estão a trabalhar avidamente no desenvolvimento de veículos autónomos, que possam prescindir dos condutores, para se tornarem mais versáteis, mais baratos e, dizem as empresas, mais agradáveis e funcionais de utilizar. Porém, todos continuam na fase de testes, com excepção da Uber, que já os propôs ao público, sem grande sucesso.

Nesta corrida rumo à autonomia, a Nissan prepara-se para dar um passo em frente e de forma significativa. A partir do próximo mês de Março, a marca passa a disponibilizar o serviço Easy Ride, através de uma aplicação, a partir da qual o cliente pode reservar e utilizar um táxi sem condutor. Por motivos de segurança – e de regulamentação, pois as leis locais não permitem que os veículos circulem sem alguém responsável aos comandos – existe um funcionário da Nissan sentado ao volante, mas apenas para ‘arcar’ com as culpas e, eventualmente, para intervir caso a condução sem condutor necessite desesperadamente de… um!

O Easy Ride foi desenvolvido com a DaNa e, de início, estará disponível apenas em Yakohama, no distrito de Minato Mirai. Tudo irá ser posto em prática num percurso inicial de 4,5 km, entre a sede da Nissan e o World Porters Shopping Center, um dos principais da cidade japonesa. Para manter tudo dentro um controlo apertado, todos os veículos vão estar ligados a um centro de monitorização, que acompanharão a par e passo a evolução dos veículos.

Depois de um longo período de ensaios, em zonas cada vez mais alargadas, o objectivo é proporcionar o Easy Ride em mais localidades a partir de 2020, criando uma alternativa aos veículos particulares – que estão proibidos de circular em determinadas zonas, ajudando a diminuir o trânsito e a poluição, por se tratarem de veículos eléctricos alimentados por bateria.

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O Easy Ride será apenas mais um concorrente de peso de empresas como a Uber e a Lyft, a primeira a ver a sua popularidade diminuída devido às constante polémicas e a uma crescente concorrência, especialmente fora dos EUA.

A Nissan, que vai utilizar os Leaf da primeira geração para esta fase de ensaios, que serão substituídos a prazo pelo novo, vai encontrar uma concorrência forte no Japão, pois até a Sony está a conceber um sistema similar, em colaboração com a Daiwa Motor Transportation, mas a outro nível, pois visa emparelhar condutores com clientes em busca de transporte, via uma aplicação, ou seja, o ride-hailing.

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