O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou este domingo que combatentes sírios apoiados por Ancara assumiram o controlo “total” do centro da cidade de Afrine, bastião curdo no noroeste da Síria.

“Unidades das Forças sírias livres, apoiadas pelas forças armadas turcas, assumiram o controlo total do centro da cidade de Afrine esta manhã às 8h30” locais (5h30 TMG), declarou Erdogan, adiantando que as operações de desminagem prosseguem.

A cidade de Afrine é o principal objetivo da ofensiva lançada em 20 de janeiro pela Turquia contra a milícia curdo-síria a Unidades de Proteção do Povo (YPG nas siglas em curdo).

Ancara considera a milícia YPG “terrorista”, enquanto os combatentes curdos desta são apoiados e armados por Washington para combater o grupo Estado Islâmico.

Depois de Erdogan, o Estado-Maior turco também declarou num comunicado que o centro da cidade estava a partir de agora “sob controlo”.

“As operações de busca de minas e de outros explosivos prosseguem”, adianta o Estado-Maior no comunicado.

Segundo dados do Exército turco, 46 soldados turcos morreram desde o lançamento da ofensiva contra Afrine, denominada “Ramo de oliveira”.

“Agora, a bandeira turca flutua no local! A bandeira das Forças sírias livres flutua no local!”, afirmou Erdogan, que falava durante uma cerimónia de comemoração da batalha dos Dardanelos, durante a Primeira Guerra Mundial.

O avanço das forças pró-turcas provocou nos últimos dias um êxodo massivo de civis, fazendo temer um novo drama humanitário num país que entrou no oitavo ano de guerra, da qual já resultaram mais de 350.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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