Depois dos laços amarelos que tanto deram que falar (sobretudo no caso de Pep Guardiola), os balões: com um Camp Nou vestido a rigor para mais uma noite europeia, muitos adeptos do Barcelona voltaram a assinalar a sua solidariedade com a atual situação na Catalunha com centenas e centenas de balões amarelos e duas tarjas com as palavras “Llibertat” e “Freedom”, que foram retiradas após o início do encontro com a Roma para não melindar ninguém. Em paralelo, como conta o Sport, foi também erguida uma tarja de apoio à ONG Proactiva Open Arms, que tenta resgatar pessoas do mar mas que está agora acusada de promover a migração ilegal no Mediterrâneo.

O tempo passa e, na presente temporada, há coisas que não mudam. Antes e durante os jogos, porque mais uma vez os comandados de Ernesto Valverde, mesmo sem realizarem uma grande exibição, golearam a Roma por 4-1, dando um passo de gigante rumo às meias-finais da Liga dos Campeões. Com uma particularidade singular e que deverá ser única em termos estatísticos: o Barcelona tem apenas três golos sofridos nos nove encontros realizados na prova (um com o Olympiacos, um com o Chelsea e agora um com a Roma) mas conta já com cinco autogolos a seu favor (os outros tinham sido de Nikolaou, Coates e Mathieu), com os desvios infelizes de De Rossi (38′) e Manolas (55′). Piqué (59′), Dzeko (80′) e Luís Suárez (87′) apontaram os restantes golos que ficaram para a história do encontro.

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Na antecâmara do apito inicial, Lionel Messi, foi homenageado depois de se ter tornado, na última receção ao Chelsea, no segundo jogador a chegar à barreira dos 100 golos na Champions (o primeiro foi Cristiano Ronaldo), recebendo uma lembrança do antigo capitão blaugrana Carles Puyol. Depois, no início da segunda parte, Umtiti, central que tem estado em foco nas últimas semanas a propósito das negociações para a renovação de contrato, fez uma declaração de amor ao Barça no seguimento do segundo golo, deixando antever fumo branco para breve. No final, Piqué foi um dos primeiros jogadores a passarem pela zona mista e explicou o fenómeno dos autogolos.

“Fizemos um bom jogo que nos deu este resultado. Era melhor se não tivéssemos sofrido mas não nos podemos queixar porque levamos uma boa vantagem. Autogolos? Não penso que seja uma questão de sorte, porque já tivemos várias bolas nos postes. Se existem estes lances também é porque estamos a pressionar, com a bola mais na área do adversário do que na nossa. Estamos a fazer o nosso trabalho para podermos chegar à final, neste momento tem sido uma temporada muito boa porque estamos numa boa posição no Campeonato e na final da Taça”, resumiu.