O minuto era o 83. Fatigados estavam ambos. Sérgio resolve trocar Óliver por Reyes e “fechar” o jogo com um trinco mais. Antes já havia colocado Sérgio Oliveira e mantido Herrera no onze. O Sporting pouco atacava e, atacando, atacava mais pelo coração e pouco ou nada pela razão. Havia Marega no banco. E Marega na certa fecharia mais o jogo do que Reyes, desgastando o Sporting na defesa e impedindo-o de pisar o ataque. São escolhas. Sérgio escolheu a ratice. Tinha o apuramento no bolso. Mas enganou-se.
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Sporting-FC Porto, 1-0 (5-4 após g.p.)
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Taça de Portugal 2017/18, meia-final, 2.ª mão
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)
Sporting: Rui Patrício; Piccini (Ristovski, 71’), Coates, Mathieu e Fábio Coentrão (Montero, 76’); Battaglia, Bruno Fernandes, Gelson Martins e Acuña; Bryan Ruíz e Bas Dost (Doumbia, 105’)
Suplentes não utilizados: Salin, Petrovic, Palhinha e Misic
Treinador: Jorge Jesus
FC Porto: Casillas; Maxi Pereira, Marcano, Felipe e Alex Telles; Herrera, Óliver Torres (Diego Reyes, 83’), Ricardo Pereira, Otávio (Sérgio Oliveira, 76’) e Brahimi; Soares (Aboubakar, 65’)
Suplentes não utilizados: Vaná, Diogo Dalot, Corona e Marega
Treinador: Sérgio Conceição
Golos: Coates (85’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Felipe (55’), Herrera (68’) e Acuña (79’)
Dois minutos volvidos, e depois de um canto à direita, Marcano só tinha uma coisa a fazer, cortar, mas cortou mal, deixou a bola em Coates e o central fuzila, fazendo o primeiro do Sporting, empatando a contenda.
E agora? Sérgio havia esgotado as trocas. A manta era curta lá na frente. Restava Brahimi, exausto, Ricardo, idem, e Aboubakar, que entrou fresco mas foi “engolido” por Coates na marcação. Era tempo de rodar a bola, levar tudo até tempo extra e ver no que dá. Jesus, raposa velha, esperou pelo tempo extra. Quando mexeu, mexeu bem. Fez sair o exausto Dost e esticou o jogo com Doumbia, única opção de ataque que no banco havia ainda. Ou seja, fez com Doumbia o que Sérgio não fez com Marega: refrescou o seu ataque e impediria os portistas de atacar.
E o Sporting podia ter resolvido o jogo bem antes do desempate por penáltis. Gelson, ao minuto 95, e Bruno Fernandes, aos 103, desperdiçaram o que parecia uma inevitabilidade, ora rematando ao lado, ora permitindo que Casillas defendesse.
Recuemos. A primeira e a segunda partes, até chegar o golo de Coates, foram uma canseira. Não pelo que no relvado se correu, mas porque ninguém (Herrera e Gelson são exceções) tinha cabedal para o fazer. Os portistas controlavam o meio-campo (e a eliminatória) e o Sporting não chegava à grande área de Casillas com perigo. Aliás, a primeira terminou mesmo sem qualquer remate na direção das balizas. Na segunda, as chances nunca foram mais do que só fumaça. E só depois de sofrer o FC Porto reagiu. Foi a o minuto 87. Pontapé de canto na esquerda batido por Alex Telles, cabeceamento de Marcano à trave, recarga de Felipe também na trave e, no final de tanto azar, golo de Reyes. No entanto, o lance foi anulado porque Felipe estava adiantado quando fez a primeira recarga. Ufffff.
Voltamos aos penáltis. A história foi a mesma, ou quase, da Taça da Liga. O Sporting venceu. Mas nem foi preciso Patrício ou Casillas defenderem. Todos acertaram menos Marcano, logo na primeira tentativa. Montero não vacilou na última.
Jorge Jesus estará na final da ????????Taça de Portugal pela 4.ª vez, pela 3.ª equipa diferente:
2007 Belenenses????
2013 Benfica????
2014 Benfica????
2018 Sporting❓ pic.twitter.com/ubVWVLdNrd— Playmaker (@playmaker_PT) April 18, 2018
⚽ Sporting 1 – 0 Porto (5-4 ap)
Os ???? voltam a eliminar os ????numa meia-final nas grandes penalidades e marcam presença na final da #TacaDePortugal, frente ao Aves ????#SCPFCP #DiaDeSporting #SomosPorto pic.twitter.com/mTvTM6vDgT
— GoalPoint (@_Goalpoint) April 18, 2018