Em Anfield, na semana passada, ao minuto 80 o resultado ia já em 5-0. Nos últimos instantes, e quando o Liverpool relaxa na defesa, a Roma ainda reduz para 5-2. Depois da reviravolta frente ao Barcelona, esperar-se-ia (esperariam os adeptos giallorossi, vá…) nova façanha épica em pleno Olímpico. Mas ela não aconteceu.

E até foi o Liverpool a marcar primeiro. Logo ao nono minuto, Radja Nainggolan errou um passe a meio-campo, deixou a bola em Firmino e Firmino rapidamente desmarcou Sadio Mané nas costas da defesa romana. Logo que Alisson Becker saiu da baliza, o senegalês rematou cruzado e fez o primeiro.

Perdido por cem, perdido por mil. E a Roma procurou a honra perdida. A vitória. Pelo menos isso.

Empatar, empatou à passagem do quarto de hora de jogo. Florenzi cruza à direita, El Shaarawy amortece ao segundo poste, mas a bola não chegaria a Patrik Schick porque Dejan Lovren se antecipa e corta. Corta, mas corta para a frente e contra a cabeça de James Milner. Loris Karius, o alemão da baliza do Liverpool, surpreendido com a carambola, nada fez, nada podia fazer. Empatar, empatou. Mas chegaria ao intervalo a perder: ao minuto 26, canto à esquerda, bateu-o Henderson, Manolas corta para a frente, Dzeko para trás, atrás estava Wijnaldum, que isolado desviou de cabeça para o segundo do Liverpool.

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Na segunda parte, tão resolvida que estava a contenda, o Liverpool abrandou. E a Roma tentava. Mas os remates não tinham direção. E quando tinham, alguém da defesa de Liverpool cortava ou Karius defendia sem sequer titubear. Ao minuto 52 sim, titubeou. Remate de El Shaarawy, embalado da esquerda para o meio e a grande área, Karius defendeu para a frente e Dzeko não perdoou na recarga: 2-2, 4-7 no somatório da eliminatória.

Até ao minuto 86, vira o disco e toca o mesmo: mais Roma, nenhum acerto romano. Ao 86, porém, do nada, no tudo por tudo, Nainggolan puxa da bota atrás e rematou forte e colocado. A bola ainda bateu no poste antes de entrar na baliza de Karius, que a seguiria só com os olhos. Mesmo, mesmo a terminar, ao minuto 93, o árbitro eslovaco Damir Skomina viu, com olhos de lince, Ragnar Klavan tocar a bola com o braço na grande área. E apitou penálti.

Nainggolan rematou forte, fortíssimo mesmo, a bola entraria mas a Roma, apesar do triunfo folgado desta noite, não segue para a final de Kiev.