Luiz Felipe Scolari foi a primeira opção do Sporting para suceder a Jorge Jesus no comando técnico, num dossier que passou por Bruno de Carvalho, presidente dos leões. Houve uma primeira abordagem exploratória, seguiram-se contactos sobre as condições de um possível acordo mas, no final, o brasileiro acabou por recusar a hipótese de ir para Alvalade.

“Fui procurado por uma pessoa representando o Sporting para uma possível negociação. Agradeci pela lembrança mas neste momento não posso aceitar o convite”, anunciou a Felleger Agency através da sua conta oficial do Twitter, que faz a assessoria do ex-selecionador português que passou os últimos três anos na China, ao serviço do Guangzhou Evergrande.

Desta forma, o processo de escolha do sucessor de Jorge Jesus, que rescindiu por mútuo acordo pelo leões antes de assinar pelo Al-Hilal, acabava por voltar à estaca inicial, percebendo-se também que o atual momento que o clube vive está também a ter um peso negativo na hora de chegar a acordo com os nomes referenciados pelo presidente verde e branco.

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Como o Observador tinha explicado esta quarta-feira, o Sargentão foi uma hipótese que ganhou força ao longo do dia, por ter um perfil que se enquadrava no pretendido: experiência internacional, currículo e capacidade de liderança num contexto diferente do que é normal, como é o caso. Inicialmente, a questão dos valores poderia tornar-se um obstáculo (ao contrário da duração de contrato, que seria de dois anos), mas no final acabou por pesar mais a atual situação da equipa leonina.

Esta quinta-feira, também Sá Pinto, que chegou a ser apontado também ao cargo (embora, neste caso, não tenham existido contactos oficiais), recusou a hipótese de rumar a Alvalade. “Cheguei ontem da Bélgica após uma época que correu de forma extraordinária e tendo decidido, por diversas razões, não continuar. O meu futuro? Em princípio não passará por Portugal, quase de certeza. A minha ligação ao Sporting é eterna, para mim treinar o Sporting não é apenas trabalho, é mais do que isso, é uma grande responsabilidade emocional. Tudo o que conseguir no Sporting, seja sucesso ou insucesso, terá um impacto muito grande na minha vida pessoal e profissional. Nesta altura… Estou triste com o que se está a passar, não existe a estabilidade nem condições fundamentais para que volte ao Sporting”, revelou, à margem de um evento na escola João de Deus.

Bruno de Carvalho só teve treinadores portugueses mas sucessor de Jesus pode ser exceção

Ainda assim, a hipótese de haver um treinador estrangeiro no comando do Sporting, contrariando as opções de Bruno de Carvalho nos cinco anos que leva na presidência (Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus), é nesta altura a mais forte.