Aos 109 minutos do jogo entre Croácia e Inglaterra, da meia-final do Mundial, Perisic tocou para Mandzukic e o avançado que joga na Juventus atirou de pé esquerdo para o fundo da baliza de Pickford. Estava feito o 2-1 para os croatas e houve muitos festejos, com toda a gente a correr para abraçar o homem que acabou por colocar a Croácia na primeira final da sua história.
Nesse momento, onde houve também aquele “atropelamento sem fuga” a um fotógrafo da France-Presse, aconteceu algo que as câmaras de televisão não mostraram: os jogadores ingleses tentaram recomeçar o jogo rapidamente para conseguir o empate mas o árbitro não deixou.
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No jogo de Portugal contra Espanha também ficou famoso o vídeo onde João Moutinho pede a José Fonte que permaneça dentro do campo durante os festejos do terceiro golo da seleção, numa aparente tentativa de impedir os espanhóis de seguirem o jogo pelo facto de todos os jogadores portugueses estarem fora do campo. Talvez os ingleses tenham mesmo tentado explorar isso… mas nem sequer podiam.
Na altura falou-se da ação de João Moutinho mas a verdade é que nem valia a pena o médio do Mónaco ter feito esse pedido a José Fonte. Poucos dias depois do jogo, o ex-árbitro Duarte Gomes explicou no Facebook que não há nada que permita a uma equipa recomeçar o jogo quando os jogadores adversários estão fora do campo. “O que a Lei 8 diz é muito claro: ‘Em cada pontapé de saída, todos os jogadores, exceto o jogador que executa o pontapé de saída, devem encontrar-se no seu próprio meio-campo (…)’. Seria um crime lesa-futebol se um árbitro permitisse o recomeço após um golo, sem que estivesse qualquer jogador no meio campo adversário”, escreveu Duarte Gomes.