O Taycan não surgirá no mercado antes de 2019, mas a Porsche já começou a solicitar a ligação à rede alemã dos primeiros postos de carga preparados para os sistemas eléctricos dos seus futuros veículos, que a Audi e outras marcas do Grupo Volkswagen também vão utilizar. Diferenciam-se dos restantes eléctricos a bateria por operarem a uma tensão de 800V, quando o normal ronda os 400V (como acontece no Renault Zoe e no Nissan Leaf) e por os acumuladores aceitarem carga com uma potência de 350 kW, também aqui muito mais do que é habitual, o que lhe permite anunciar tempos de carregamento diminutos. De recordar que foi a portuguesa Efacec a fabricar os primeiros postos com estas especificações, que asseguram 80% da carga em somente 20 minutos.

Afinal, o Mission E vai chamar-se Porsche Taycan

O novo parque de carregadores em Berlim conta com quatro postos, onde apenas dois são a 800V e, como falta mais de um ano para existirem Taycan a circular – além dos protótipos de teste da marca –, a Porsche abriu a utilização dos pontos de carga a outros veículos. Segundo o director da Porsche alemã, Karsten Sohns, este é um projecto-piloto que deverá ser completamente testado antes da chegada do Taycan, pois “é fundamental que todos os concessionários ofereçam uma infra-estrutura de carga eléctrica apropriada aos seus futuros clientes”. É esse o motivo que leva o construtor a abrir a sua utilização a outros veículos, de outros fabricantes, desde que usem fichas CCS, e até a fornecer energia gratuitamente, durante as horas normais de funcionamento, tudo “para reunir o máximo de informação” sobre este novo sistema de carga.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para ilustrar o funcionamento dos novos postos de carga, a Porsche divulgou fotos do display da app que permite aos clientes controlarem a evolução da carga, utilizando aqui um dos protótipos do Taycan. Contudo, nas fotos é visível que o veículo está a carregar a 500V e a 144A, o que equivale a cerca de 75 kW, longe pois dos 350 kW anunciados.

Porsche ultrapassa Tesla. E em grande!

Findo o período de testes, a marca alemã passará a cobrar um determinado valor por cada kWh fornecido aos seus clientes, de modo a que estes gastem o mesmo que despenderiam caso utilizassem um veículo a gasolina. Tal equivale a pagar cerca de 70 cêntimos por cada kWh (contas feitas para a realidade portuguesa), enquanto a Tesla oferece a energia gratuitamente à esmagadora maioria dos seus clientes dos Model S e X (os que compraram antes de 2017, com os restantes a possuírem apenas um crédito de 400 kWh) e, caso seja necessário pagar, o valor por kWh está fixado nos 23 cêntimos em Portugal e 24 em Espanha.