786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Febre do Nilo Ocidental chegou mais cedo à Europa, em 2018. Já fez 17 mortos

Este artigo tem mais de 5 anos

A época da transmissão do vírus do Nilo Ocidental na Europa ocorre, normalmente, entre julho e outubro. Este ano, os casos começaram a ser reportados mais cedo. Há 335 casos e 17 mortos.

1 fotos

A febre do Nilo Ocidental chegou mais cedo à Europa este ano e já atingiu mais pessoas do que em anos anteriores, reporta o Eurosurveillance, a revista europeia sobre a vigilância, epidemiologia, prevenção e controlo de doenças infecciosas.

Os casos de infeção com o vírus do Nilo Ocidental seguem um padrão sazonal regular, entre julho e outubro, com o número mais alto dos casos a serem reportados desde meados de agosto a meados de setembro. Nos anos anteriores, os primeiros casos foram reportados a partir da semana 28 (meados de julho). Este ano, os primeiro casos foram reportados na Grécia na última semana de junho (semana 26), podendo referir-se a infeções que se iniciaram no final do mês de maio.

Além disso, o pico dos casos (número máximo durante um determinado período) também foi atingido mais cedo este ano. Entre 2014 e 2017, foram reportados cinco a 25 casos nas semanas 25 a 31 (entre meados de junho e início de agosto). Para o mesmo período — este ano, até 3 de agosto —, tinham sido reportados 168 casos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A última atualização, de 9 de agosto, feita pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC, na sigla em inglês) aponta para 335 casos e 17 mortos: nova na Sérvia, três em Itália, três na Grécia, um no Kosovo e um na Roménia. A maioria dos novos casos foram reportados em Itália — que passou de 38 até 3 de agosto para 123 a 9 de agosto — e na Sérvia — que passou de 70 para 102, no mesmo período. A Grécia e a Roménia tem mais 16 casos e a Hungria mais 13.

A antecipação das condições de primavera em algumas destas áreas pode justificar a presença do mosquito que transmite o vírus mais cedo. Em março, maio e junho choveu mais do que a média dos anos 1981 a 2010. Já em abril, embora tenha tido uma precipitação normal, teve temperaturas mais altas do que a média.

Há vários trabalhos de investigação que indicam que as variações dos fatores ambientais, como temperatura e precipitação, podem ser fatores preditivos da transmissão da febre do Nilo Ocidental, refere a Eurosurveillance. Temperaturas altas podem aumentar a replicação do vírus e diminuir o período de incubação dentro do mosquito, o que facilita a circulação do vírus e o aparecimento de surtos.

Portugal está entre os países da União Europeia (e limítrofes) que, entre 2014 e 2018, reportaram casos de febre do Nilo Ocidental. Na lista estão também a Áustria, Bulgária, Chipre, Croácia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Kosovo, Roménia, Sérvia e Turquia. Em 2015, foi reportado um caso de febre do Nilo Ocidental no Algarve.

Vírus do Nilo no Algarve. Autoridades recomendam cuidados

Uma das causas da transmissão do vírus é pelos mosquitos do Culex (a que vulgarmente chamamos melga), mas não é a única. A transmissão pode acontecer durante o transplante de órgãos ou transfusões de sangue que estejam contaminados, de mãe para filho durante a gravidez (se a mãe tiver a doença) e laboratórios que trabalhem com o vírus.

O sistema de notificação das doenças animais da Comissão Europeia também assinalou também uma antecipação da época de transmissão entre equídeos (cavalos e burros). A ECDC aponta 11 surtos em Itália, três surtos na Hungria e dois surtos na Grécia. Dez dos 11 surtos em Itália foram reportados na última semana.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora