A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou esta sexta-feira que o Governo “tem estado muito mal” em assuntos relacionados com a área da educação, considerando que o Executivo de António Costa “criou problemas que, agora, não consegue resolver”.

“Quem está [no Governo] tem de resolver e, sobretudo, não pode criar expetativas, que, depois, desampara e não é capaz de trazer nenhuma solução de fundo”, afirmou a líder dos centristas, à margem de uma visita à Feira da Luz/Expomor, em Montemor-o-Novo (Évora).

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Questionada sobre o impasse no descongelamento das carreiras na administração pública, cujo caso mais visível é o dos professores, a presidente do CDS-PP disse compreender as queixas dos docentes. “O Governo em matéria de educação, e nomeadamente na questão dos professores, criou problemas que, agora, não consegue resolver. Como é evidente, tem que os resolver”, referiu.

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Esteve muito mal quando há um ano aprovou um Orçamento do Estado com uma palavra que, depois, aparentemente, não a cumpriu”, acrescentou. Cristas pediu para que “o Governo se entenda”, até porque tem do seu lado “partidos muito próximos dos sindicatos”.

Sobre o processo de colocação dos docentes, a presidente dos democratas-cristãos considerou que “as coisas estão piores do que estavam” durante o período do anterior Governo PSD/CDS-PP e estranhou que, agora, não haja “drama nenhum”. A líder do CDS-PP apontou também que existem problemas relacionados com os manuais escolares, indicando que, atualmente, “poucos alunos no país têm os seus ‘vouchers’ e os seus manuais escolares em casa”.

Na visita à Feira da Luz/Expomor, Assunção Cristas foi também questionada sobre as declarações do Presidente da República acerca da iniciativa do CDS-PP, que enviou um conjunto de perguntas ao ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a situação dos portugueses na Venezuela e vai apresentar um “plano de emergência” no parlamento.

Em entrevista à Rádio Renascença, Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos partidos para evitarem usar a situação naquele país como arma de arremesso durante a campanha eleitoral. “Para alguns, pode ser muito interessante, erradamente, começar a berrar em torno disso, mas podem prejudicar os nossos compatriotas que lá estão. O que tem que ser feito, tem que ser feito de uma forma que não é pública”, alertou o Chefe de Estado.

A presidente dos democratas-cristãos afirmou que as declarações do chefe de Estado mostram que “há uma convergência” na preocupação de tratar o assunto “com serenidade, mas também com uma grande eficácia”. Assunção Cristas, que centrou a sua visita à mostra de gado que integra o certame, pediu mais apoio para o setor da agricultura e sinalizou “o compromisso do CDS com o mundo rural e com a produção animal”.