Na flash interview depois do Ajax-Benfica desta terça-feira, Rui Vitória era um homem satisfeito com os jogadores mas revoltado com o resultado. Rui Vitória era um treinador que organizou uma “exibição de Liga dos Campeões” mas inconformado com um “minuto cruel”. O mesmo minuto que foi um “minuto de tristeza”. O mesmo minuto que foi ainda um “balde de água fria”. O Benfica atacou muito, criou muitas oportunidades de golo mas não conseguiu aliar a sorte, o engenho e a eficácia ao caudal ofensivo e foi vítima da máxima anciã que diz que quem não marca sofre. E sofreu, para lá dos 90, no minuto que tantos adjetivos recebeu de Rui Vitória.

“É evidente que foi um balde de água fria. É evidente que nós não queríamos e não merecíamos, porque fizemos uma exibição de qualidade, uma exibição de Liga dos Campeões. Enfrentámos o adversário como tínhamos de o enfrentar, fizemos o jogo que tínhamos para fazer, não viemos para o pontinho, viemos para ganhar. É evidente que naquela altura já pensávamos que não se ganhando, não se perdia. É uma crueldade, de facto”, desabafou o treinador português.

O técnico do Benfica – que apesar da derrota garante que “os dois jogos em casa são para ganhar” e não desiste da passagem aos oitavos da Champions – reconheceu que “quando se tem esta quantidade de bolas a chegar à área contrária, com uma grande probabilidade de golo, e não se faz, é evidente que isso se paga”, mas justificou os falhanços de Rafa, Seferovic e companhia com o facto de ser esta “a vida de um jogador”.

“Eu tenho convicção de que podemos passar, evidentemente. É evidente que este resultado é um resultado que nós não queríamos, mas tenho essa convicção. E tenho-a porque desde junho que a nossa forma de trabalhar é esta, enfrentamos os adversários a jogar assim, a olhar para eles a querer ganhar, sejam eles quem forem. Fizemos por merecer mais do que isto. Mas enfim, foi um minuto cruel. Não há nada a fazer agora”, sentenciou Rui Vitória.

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