A Premier League arrancou com um Wolverhampton-Everton entre Nuno Espírito Santo e Marco Silva (2-2), teve depois um Manchester United-Wolverhampton entre José Mourinho e Nuno Espírito Santo (1-1) e chegou agora ao Manchester United-Everton, a contar para a décima jornada, entre José Mourinho e Marco Silva (2-1). A primeira edição do principal escalão inglês com três portugueses continua a cruzar amigos e foi sobre amizade que se centraram as conferências de antevisão.

“Vocês já conhecem o Marco. Percebia quando me questionavam isso mal ele acabara de chegar do Olympiacos, agora já não. É a terceira época na Premeir League, todos vocês já o conhecem. A única coisa que quero dizer é que temos boa relação, somos amigos. Os treinadores de futebol têm alguma dificuldade em alimentar uma boa relação com eles pois não conseguem conversa e conviver muitas vezes. É bom rapaz, tenho uma boa relação e sei que ele sente a mesma coisa por mim”, disse Mourinho.

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“É um bom amigo, um bom homem e muito bom treinador. Não encontro qualquer alteração de comportamento. Ele é o mesmo treinador que alcançou duas vezes um fantástico sucesso no Chelsea e conseguiu a mesma coisa no FC Porto, no Inter e no Real Madrid. Tem agora um desafio diferente mas está a dar o máximo para alcançar o objetivo”, respondeu Marco Silva.

Mourinho levou a melhor sobre Marco Silva e voltou aos triunfos após empate com Chelsea e derrota com Juventus (Laurence Griffiths/Getty Images)

Com o pior registo à nona jornada nos últimos 20 anos, os red devils, que continuam na senda irregular de resultados e exibições, andam com margem mínima em relação a possíveis perda de pontos face à distância que se vai adensando em relação às equipas na frente da classificação. Esta tarde, cumpriram esse objetivo e conquistaram os três pontos. No entanto, e além disso, há apenas uma razão para festejar: o momento de Martial, que voltou a ser decisivo num jogo onde Pogba marcou mas voltou a somar demasiados erros, um dos quais a originar o lance que permitiria ao Everton reduzir a desvantagem (2-1). Não é por acaso que, quando fala em candidatos, Guardiola nomeia City, Liverpool, Chelsea, Arsenal, Tottenham e… ponto final.

André Gomes, médio português emprestado pelo Barcelona que regressou recentemente à competição após longo período de ausência por lesão, teve o primeiro remate com algum perigo na sequência de um canto, de cabeça, mas a bola saiu à figura de De Gea. Pouco depois, o pequeno Mata foi à zona dos centrais mas o desvio após assistência de Martial acabou por ser defendido por Pickford, de novo com uma exibição ao nível do Mundial. Era o avançado francês que conseguia fazer as acelerações que desequilibravam o encontro e foi também ele que ganhou a grande penalidade que daria o primeiro golo: Pogba ainda viu o castigo máximo travado pelo internacional inglês mas, na recarga, não perdoou (27′).

No segundo tempo, Martial continuou a ser rei e senhor de Old Trafford, tendo aumentado a vantagem do Manchester United com mais um fantásico golo, num remate em arco colocado ao ângulo inferior de Pickford (49′). Sem fazer uma grande exibição, os red devils tinham a partida controlada e essa ideia só foi ameaçada quando Pogba, em mais um erro na fase de construção, perdeu a bola, Richarlison foi carregado em falta na área por Smalling e Sigurdsson não falhou a grande penalidade (77′). O resultado não voltaria a mexer mas o Everton teve nesse golo uma espécie de prémio de consolação para o jogo realizado este domingo. Um jogo que, com um pouco menos de respeito pelo visitado, poderia ter um final diferente.